CRITICOU A UNITA AFINAL ELA É MORALISTA SEM MORAL: BELA MALAQUIAS DO PHA EM ‘MAUS LENÇÓIS’

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A presidente do Partido Humanista de Angola (PHA), Florbela Malaquias, é acusada pelos seus três vicepresidentes, respectivamente, Ivo Miguel Gonçalves Gingumba, coordenador nacional, Victor Leandro Lopes, responsável pelos assuntos parlamentares e Nsimba João Luwawa, para a área de jurisdição, de nepotismo, abuso de poder e má gestão.

POR: O LADRÃO

A o rol de acusações a direcção do PHA nega, afirmando apenas que “eles (os três vices), foram expulsos por estarem envolvidos numa campanha de incitação ao ódio”.

Como apurou este jornal, os militantes interpuseram uma providência cautelar, no dia 21 do mês em curso, no Tribunal Constitucional (TC), aceite por aquele órgão, “por constatar sucessivos actos ilegais”, suspeitos de terem sido levados a cabo pela líder desta formação política com dois assentos na Assembleia Nacional.

 A crise despoletou quando Bela Malaquias atribuiu uma viatura do partido a um dos seus filhos, identificado por Telmo Ngolo, que segundo os denunciantes, nem sequer faz parte dos quadros daquela organização política.

“O carro tinha sido atribuído ao vice-presidente para a coordenação nacional, Ivo Miguel Gonçalves Gingumba, tendo-lhe sido retirado na altura em que preparava o relatório de contas que foi entregue à Comissão Nacional Eleitoral (CNE), sobre os gastos do partido com as eleições de 2022”, disse a fonte, avançando que uma empresa ligada a um outro filho de Bela Malaquias, denominada Nellcorpo, limitada, contratada para prestação de serviço, que incluía a reabilitação de infraestruturas provinciais, esbanjou 50 milhões de kwanzas de um contrato de 100 milhões sem que o trabalho fosse concluído.

A fraude viria a ser destapada e descoberto o verdadeiro proprietário da empresa depois de uma auditoria interna em função das irregularidades e incumprimentos contratuais.

A crise desencadeou-se depois de Florbela Malaquias ter enviado à CNE os nomes dos três vice- presidentes para exercerem as funções de comissários provinciais sem consultar os órgãos deliberativos.

“Esta decisão foi fortemente contestada pelos visados, já que os cargos de vice- presidentes são electivos e não podem deixar de ser exercidos por decisão individual”, apontou a fonte. 

RAZÃO DA EXPULSÃO

Em função das denúncias, sublinha a fonte, a direcção do PHA, liderada por Florbela Malaquias, expulsou os três vice-presidentes, Ivo Miguel Gonçalves Gingumba, Victor Leandro Lopes e Nsimba João Luwawa, todos membros fundadores, alegadamente, por estarem envolvidos numa campa nha de desinformação, incitação ao ódio e a violência no seio da organização, praticando actos de vandalismo, difamação, calúnia e injúria. Bela Malaquias indicou Armando Campos para seu ‘vice’.

É este Campos que assinou um comunicado interno a 20 de Agosto do ano em curso, acusando-os de servirem do partido para satisfazer as suas necessidades financeiras, deixando a partir daquele momento de fazerem parte da comissão política nacional.

Na visão dos afastados, a nomeação de Armando Campos, como vice-presidente não obedeceu a consulta dos órgãos deliberativos do PHA, conforme mandam as regras partidárias e os estatutos.

“De acordo com o artigo 15º dos estatutos do PHA, qualquer militante deve gozar do principio de ampla defesa, antes de qualquer sanção disciplinar, ou seja, deveriam ser ouvidos pelos órgãos internos o que não aconteceu, mas isso não foi acatado”, lamentam. Contactado na última quarta-feira 25, a secretária para a informação do PHA, Amélia Isata, minimizou o assunto, deixando escapar apenas que “são inverdades e calúnia, por isso não respondemos até eles se cansarem”.

Fonte: Pungo a Ndongo

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