CORRUPÇÃO E DESPERDÍCIO DE RECURSOS EM OBRAS RODOVIÁRIAS EM ANGOLA – DENUNCIA UNITA

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A UNITA denunciou em um discurso do seu líder, Adalberto Costa Junior, que o governo angolano continua a permitir irregularidades e corrupção significativa na execução de obras rodoviárias no país.

PORTAL O LADRÃO

Adalberto Costa Júnior escolheu o bairro da Boavista, no Sambizanga, para fazer a réplica à mensagem do Presidente angolano, João Lourenço, sobre o Estado da nação, proferida no dia 16 de outubro.

Costa Junior afirmou que o governo está repetindo erros cometidos entre 2004 e 2014, quando gastou 30 bilhões de dólares em obras de reabilitação e construção de estradas nacionais sem resultados significativos.

De acordo com o líder da UNITA, essas obras rodoviárias têm sido marcadas pela falta de durabilidade e qualidade, resultando em uma deterioração rápida das estradas.

Além disso, ele destacou que, entre 2016 e 2022, foram gastos mais 6 bilhões de dólares em projetos semelhantes, totalizando um desperdício de 30 bilhões de dólares. A execução técnica inadequada e práticas financeiras suspeitas estão a alimentar a corrupção e o enriquecimento ilícito de funcionários e políticos do governo angolano.

Costa Junior citou vários exemplos específicos para ilustrar as suas preocupações:

a) Em 2022, o Presidente da República autorizou, fora do Orçamento Geral do Estado (OGE), um desembolso de 415 milhões de euros para obras de estradas na Província de Benguela, apesar de projetos semelhantes já terem sido financiados nos orçamentos de 2016 a 2022.

b) A duplicação artificial do valor de 54,8 milhões de dólares para a reabilitação e ampliação da estrada Rotunda do Camama-Calemba 2 em Luanda foi destacada como um exemplo de práticas suspeitas.

c) Irregularidades também foram apontadas na inscrição anual de 90 km de estrada entre Caungula e Zovo no OGE desde 2004, embora a obra nunca tenha sido realizada. Além disso, a extensão da estrada é milagrosamente aumentada para 150 km no orçamento.

d) Outra empreitada questionável envolve a contratação simplificada no valor de 434,9 milhões de euros para a reabilitação de várias estradas nacionais. Costa Junior argumentou que esses projetos frequentemente sofrem de execução deficiente e não justificam o alto custo para o erário público.

O líder da UNITA concluiu que a falta de transparência e a promiscuidade entre empreiteiros e empresas de fiscalização estão alimentando a corrupção, prejudicando o progresso e desenvolvimento de Angola e causando indignação na sociedade angolana.

Essas preocupações levantam questões importantes sobre a gestão de recursos públicos no país e a necessidade de ação para corrigir as irregularidades e promover uma maior responsabilidade governamental.

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