ARROGÂNCIA E MENTIRAS DO MPLA

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Prepotência, arrogância e mentiras, foram os ingredientes encontrados pelo MPLA, para tentar escalpelar os inteligentes ataques da UNITA contra o poder autoritário.

Para contrapor aos significativos avanços da UNITA, na cena política nacional, Carolina Cerqueira, agrediu a lei e a constituição, com o firme propósito de no mínimo tentar frenar os ataques fulminantes da real politique oposicionista na assembleia nacional.

Porém, o tiro saiu-lhe pela culatra, como sói dizer-se na gíria militar.

A presidente da assembleia nacional errou feio, ao pretender interromper as falas de Mihaela Webba, que tratava o chefe do executivo como chefe da bancada do MPLA no hemiciclo das leis, situação essa que reflete sintomaticamente a verdade dos factos.

A presidente da assembleia nacional, ao pretender capturar às falas da deputada da UNITA, interrompendo-a no pleno uso da palavra para dar a palavra a um deputado do MPLA, para que esse desse um achega sem a permissão da deputada que detinha o direito a fala.

Nos casos em que o parlamentar pôde sim conceder um aparte como cortesia a um colega deputado, tem que, em primeiro lugar existir vontade política da pessoa detentora da palavra no momento.

Não compete a presidente da assembleia nacional calar qualquer que seja o parlamentar, retirar a palavra para dá-la inclusive, a um adversário político de quem detém a palavra no momento, conforme aconteceu.

É errado pensar, segundo a ótica da presidente da assembleia nacional, que o presidente João Lourenço seria o chefe de todos os representantes dos diversos partidos com acento parlamentar! Debalde.

Se assim fosse, estaríamos na fronteira do eufemismo a conviver com o proselitismo político a lá MPLA.

Ora, senão vejamos, seria um erro brutal ignorar ou falsear realidades, que á priori, desmentem claramente a presidente da assembleia nacional, nos seus intentos impositivos de sitiar a consciência da deputação.

Note-se, que a deputada Mihaela Webba, faz parte de um dos poderes da república. Logo, em nenhuma situação, ela jamais seria subordinada de João Lourenço, que por sinal, ele, o presidente João Lourenço, apanhou boleia na eleição enquanto cabeça de lista ao cargo de deputado do MPLA, situação essa, que o catapultou ao cargo de presidente da república.

Isso significa clarificar, que a deputada pertence a um outro poder, que por sinal, é tão relevante quanto é a presidência da república enquanto instituição do estado. A única diferença reside na independência que separam os poderes da república. Nenhum dos poderes é vinculado ao outro, apenas são harmónicos na sua gestão jurídica e político-administrativa.

Por outro lado, fica difícil perceber o raciocínio da presidente da assembleia nacional, quando pretendeu enquadrar a deputada Mihaela Webba, informando-a, que o presidente do MPLA seria igualmente o chefe dela como dos demais deputados! Que mentira mais deslavada.

Os deputados não são considerados constitucionalmente auxiliares do chefe do executivo.

A perceção deixada com as palavras pronunciadas pela presidente da assembleia nacional, soaram a falso, por serem mentirosas e escorregadias. Percebe-se, que a deputada em causa não faz parte do exército de auxiliares do chefe do executivo, por assim ser, a deputada não pôde ser auxiliar do chefe do executivo.

Esse episódio veio mostrar, que a senhora Carolina Cerqueira, não tem traquejo para exercer com plena sabedoria o cargo que lhe foi confiado pelo seu chefe.

Também ficou claro, que a senhora deputada presidente da assembleia nacional, não tem grande saber constitucional, o que nos deixa inseguros em relação a independência do poder legislativo.

Percebeu-se igualmente, que a presidente da assembleia nacional age emocionalmente ou até mesmo instintivamente, além do seu saber e conhecimento político-jurídico ser medieval.

Pensar que existe um pingo de verdade nas palavras proferidas pela senhora presidente da assembleia nacional, é o mesmo que navegar na maionese, ou no mínimo, estaríamos todos numa viagem ridícula, sob efeito de alucinantes diametralmente insanos.

Em juridiquês, não há como aceitar o presidente do MPLA João Lourenço, como chefe da deputada da UNITA Mihaela Webba. Porquanto, a deputada faz parte de outro partido, que não é o MPLA.

É um pressagio negativo, mas, a verdade seja dita, a senhora deputada Carolina Cerqueira, enquanto presidente da assembleia nacional, agiu ao arrepio da lei e da constituição, além do mais, mentiu a todo país, em rede nacional.

Para clarificar ainda melhor esse imbróglio, é bom entender que a deputada Mihaela Webba, não é subordinada de João Lourenço, nem na qualidade de João Lourenço presidente da república, chefe do executivo menos ainda como presidente do MPLA. De facto, os únicos subordinados de João Lourenço na assembleia nacional, são todos os deputados do MPLA, incluindo a presidente da assembleia nacional.

Ás falas da dra Mihaela Webba, não foram irresponsáveis em momento algum, não foram surreais nem mentirosas. A deputada da UNITA agiu dentro do rigor da lei e sobretudo dentro das três linhas da constituição.

Quanto a rispidez na linguagem apresentada, ela, a deputada não está vinculada a bancada do MPLA, esse partido é adversário da linha política por ela defendida na assembleia nacional, também não existe nenhum pacto de silencio na agressividade linguística, para que a dra Mihaela Webba fale amenamente com doçura arreliante para quem a ouça, desde que não haja palavrões a mistura, e isso não se viu nas suas falas.

A deputada está no parlamento para afrontar um poder torpe, que impede inclusive da própria casa das leis de fiscalizar o executivo, e tudo isso, com o beneplácito contributo do tribunal constitucional.

Que fique bem claro, a deputada Mihaela Webba, foi eleita nas listas da UNITA, por outro lado, a UNITA tem um presidente legalmente eleito, e o presidente da UNITA não se chama João Lourenço, o povo soberano de Angola, sabe quem é o presidente da UNITA. Penso que a esse respeito estamos conversados?

Para terminar, a deputada Mihaela Webba, não é parceira da bancada do MPLA, se assim fosse, ela estaria na outra ala do hemiciclo.

A arrogância pedante é a predileção do MPLA, que sempre recorre a manigâncias, para calar os seus adversários. Esse trejeito do MPLA a muito que é bem manjado e é bem conhecida de todo angolano.

Finalizando mesmo, a presidente da assembleia nacional não ficou bem na foto, dela, a presidente da assembleia nacional, esperamos melhor amadurecimento político-jurídico e maior crescimento intelectual honesto.

Estamos juntos.

Por Raúl Diniz

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