MIREX PROÍBE OS SEUS ÓRGÃOS DE ADERIREM REUNIÕES REALIZADAS POR NORBERTO GARCIA NA DIÁSPORA

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O Ministério das Relações Exterior (MIREX) proibiu os seus órgãos externos de aderirem à Conferência Nacional realizadas por Norberto Garcia com a Comunidade Angolana da Diáspora que arrancou no dia 1 e termina a 11 deste mês, enquadrada na celebração do Dia da Paz.

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O MIREX diz desconhecer a iniciativa do Movimento Nacional Angola Real (MONAAR)) e do Gabinete de Estudos e Análises Estratégicas (GEAE) dos Órgãos Auxiliares do Presidente da República, que organiza esta Conferência Nacional e visa “mostrar” aos angolanos residentes na diáspora o que tem sido feito no País a nível político, económico e social.

O MIREX diz que não foi contactado sobre o assunto pela organização do evento nem pelo Movimento Nacional Angola Real em nenhuma ocasião. O Novo Jornal tentou o contacto com o MONAAR para o devido pronunciamento, mas sem sucesso.

Entretanto, várias personalidades do aparelho do Estado, incluindo da Presidência da República, e altas patentes dos órgãos “castrenses”, estiveram presentes no primeiro dia do evento. Apesar de a organização ter anunciado que a abertura seria feita pelo Presidente da República João Lourenço, essa tarefa coube ao director do gabinete de Analises e Estudos Estratégicos da Presidência da República, Norberto Garcia, em representação do Chefe-de Estado.

Mateus Sebastião, o vice-presidente deste movimento, disse que a sua organização percorreu o País e constatou que estão a ser erguidas várias infra-estruturas que mostram outra realidade de Angola.

“Queremos com este evento ouvir as opiniões de pessoas dos vários estratos, particularmente as residentes no exterior, desde as questões políticas, económicas e sociais e, com isso, obtermos uma ideia ou visão geral daquilo que é transmitido no exterior”, disse Mateus Sebastião, no início do encontro, que contou com a presença do governador de Luanda.

Conforme este responsável, no final do encontro será produzido um comunicado final, onde vão constar as conclusões saídas do evento e pretendem enviar este documento ao Presidente da República.

A organização agendou como prelectores vários ministros e secretários de Estado, assim como altas patentes da Polícia Nacional, que dissertaram sobre vários temas, no primeiro e segundo dia do evento.

Entretanto, o Novo Jornal soube que o Consulado de Angola em Portugal, onde está a maior comunidade angolana na Europa, desconhece a realização do evento.

Cerca de 150 delegados provenientes de 22 países estão em Luanda desde o dia 30 de Março para o evento que termina apenas do dia 11 de Abril. 

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