ESQUEMA DE CORRUPÇÃO: DIRECTORA DA TPA RITA SOLANJE ACUSADA DE VÁRIOS CRIMES

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Os trabalhadores da Televisão Pública de Angola no Uíge, pedem a destituição da directora Rita Solanje alegadamente por abuso de confiança e poder, maus tratos aos profissionais e demais violações aos princípios do funcionalismo público, a solicitação foi feita através de uma carta, datada de 11 de Agosto de 2023, enviada ao Presidente do Conselho de Administração (PCA) da TPA em Luanda a que o Jornal Hora H teve acesso.

PORTAL O LADRÃO

Segundo o colectivo de trabalhadores, já não há clima para continuar a trabalhar com a Directora Rita Solanje em função da considerada forma “grosseira e abusiva” que ela tem vindo a dirigir aquela instituição pública nas terras do bago vermelho.

“ Todos os dias de Luanda e dos outros centros de produção informações sobre a forma como a directora Rita queixa-nos, chegando a chamar-nos de giz ao invés de quadros”, escreveram os denunciantes na carta em posse do Jornal Hora H.

Os profissionais, acusam Rita Solanje de distribuir um total de seis casas recebidas do Governo provincial do Uíge, apenas em trabalhadores considerados seus confidentes “caixinhas” sem precisar do parecer do parecer do PCA da TPA, entre os beneficiados tem a sua sobrinha que é funcionária da AGT.

“Ao sairmos da centralidade do Quilomosso duas casas ficaram desabitadas é nesta que a directora quer promover um sorteio para ver com quem fica uma das casas já que a outra será casa de passagem da TPA, na altura disse ela que a distribuição das casas era de sua competência e que seriam beneficiário os colegas que mais trabalham ou que mereçam confiança dela E agora tem que fazer sorteio quando dois colegas já tinham pedido casas por escrito”.

De igual modo, alguns profissionais pediram ao PCA o abate de viaturas que já não oferecem garantia porém dizem que Rita anda a influenciar para que estes não sejam contemplados supostamente porque queira atribuir tanto a casa como a viatura ao seu parente conterrâneo que será nomeado chefe de conteúdos da TPA no Uíge.

Entre as várias denúncias, a directora é acusada de permitir que o motorista, Ricardo Vita, considerado seu confidente, tenha tomado posse ilegal da viatura da TPA, usa-a 24 horas por dia e leva aonde quiser como se fosse propriedade dele.

O jornal Hora H teve conhecimento de que este mesmo motorista já destruiu uma viatura, num acidente,  quando queria passar o réveillon no Cuanza Norte, sem o consentimento da direcção da empresa e que foi este o funcionário, apelidado de Director adjunto pelos colegas, um dos felizes contemplados com a oferta de casa e sempre que sai de férias se não levar a viatura, deixa-a parqueada e já ninguém pode usar.

“ A directora Rita, permite que um trabalhador (segurança) desencartado,  conduza as viaturas da empresa, levando as equipas de reportagem até aos municípios colocando a vida dos profissionais em risco”.

O colectivo mostrou também insatisfação pelo facto de a directora Rita ter estado a enviar os textos das reportagens feitas pelos jornalistas aos seus amigos, conhecidos como é o caso dos directores Kikongo, Mona Mpanzu e o actual director da Rádio Nacional de Angola no Uíge, para serem corrigidos por eles, passando a imagem de que dentro do órgão não tem pessoas capacitadas para tal.

OS ABUSOS DE CONFIANÇA DA DIRECTORA RITA SOLANJE NO UÍGE

Rita Solanje, segundo os trabalhadores, na véspera da inauguração do novo centro de produção da TPA no Uíge, recebeu o dinheiro de cinco administrações municipais, dados como apoio e recebeu ainda do ex-presidente do ISCED, Luiz César, um valor monetário supostamente para apoiar a inauguração do centro de produção numa altura em que o centro já tinha sido inaugurado.

De acordo com os funcionários, a directora Rita, persuadiu o governador José Carvalho da Rocha para que este pedisse ao conselho da administração da TPA a permanência dela no cargo e chegou a receber em sua residência as duas delegações do PCA para que tomassem conhecimento das condições que ela criou em sua casa de modo a não ser afastada da província do Uíge.

“Tomamos conhecimento de que ela faz parte de um grupo restrito de confiança do PCA da TPA, de quem ela diz ser sobrinha e goza de aproximação com o governador José Carvalho da Rocha, o que segundo ela lhe garante tempo suficiente para se manter no cargo e passa a vida sujar a imagem dos quadros do Uíge para que não possam ser nomeados”, diz a carta em posse do Hora H

Sobre abuso de confiança diz a missiva, Rita Solange, obrigou o operador de câmara de nome Anjo Fiel a regressar do município de Makela do Zombo, de táxi (Corola), com o equipamento, enquanto ela ficou no município com a viatura para atender ao suposto amante e como se não bastasse, obrigou as equipas de reportagem a manterem a agenda, tudo porque entregou a única viatura que estava disponível ao amante para ir fazer fisioterapia.

“ Por causa das suas atitudes grosseiras, dois profissionais da casa foram obrigados a deixar a TPA-Uíge para a província do Bengo como forma de se escaparem de uma eventual expulsão, já que a senhora Rita, na ocasião, prejudicou o casal com processos disciplinares, injurias e difamação e como consequência estamos a sacrificar o único editor de imagem que não consegue gozar as suas merecidas férias porque tem que trabalhar até exaustão”, lê-se no documento que relata futuras saídas de mais profissionais por descontentamentos.

Os profissionais, disseram que já pediram um encontro com a acusada que segundo eles, propositadamente, assume toda a responsabilidade administrativa, técnica, editorial para mostrar ao conselho da TPA que no Uíge as pessoas não sabem fazer nada, porém Rita recusou com arrogância a tal petição.

O Jornal Hora H contactou a acusada por via telefónica, mas sem sucesso.

Brevemente, Rita Solanje presta contas com o Serviço de Investigação Criminal (SIC), em que a mesma esbanjou fundos do ISCED.

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