CASO 800 MIL DÓLARES: SERAFIM DO PRADO EM LITÍGIO COM A EMPRESA GESTIN LIGADA A FAMÍLIA ÁLVARO SOBRINHO

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O antigo governador provincial do Kwanza Sul, Serafim Maria do Prado, esta a ser acusado de ser um dos governantes mais corruptos e que delapidou o erário público durante o regime liderado por José Eduardo dos Santos, a ponto de submeter várias populações rurais aos seus caprichos de poder e enriquecimento, havendo mesmo dados que apontam para a morte de camponeses cujas terras foram expropriadas pelo então governador, depois de um longo período “esquecido”, nos últimos dias, volta a ser notícia, mas sempre pela negativa, disse ao Portal o Ladrão, uma fonte da instituição a cima citada.

POR: OLADRÃO ([email protected])

Serafim do Prado é acusado de ter feito e desfeito, no chamado “tempo das ‘vacas gordas’”, sem nunca ter prestado contas das astronómicas somas que roubou, a pontos de ter estado envolvido em renhidas rixas com o general Higino Carneiro, entre outros, por motivos de apropriação indevida de terras e de fazendas a nível da província do Kwanza Sul.

Nos últimos dias, o antigo governador, é citado por estar envolvido num litígio com a empresa GESTIN, lida a família Álvaro Sobrinho por causa de uma dívida que nunca honrou.

De acordo com a fonte do Portal o Ladrão, Serafim do Prado, habituado como sempre a fazer o que bem entender, como no tempo em que ele e outros membros das elites do poder faziam dos cofres do Estado como se de sua propriedade se tratasse, Serafim do Prado comprou uma casa, que ofereceu à sua esposa, Fátima Prado, pelo “módico” valor de dois milhões e 800 mil dólares.

A referida residência, cujo preço na praça angolana chamou a atenção da opinião pública, foi vendida pela empresa GESTIN e está situada no Condomínio Adelaide, em Talatona. Na altura, Serafim do Prado terá pago dois milhões de dólares ficando em dívida os 800 mil dólares, situação que condicionou a entrega dos documentos que conferiria a posse definitiva da propriedade à Fátima Prado.

Os dados referem que a situação foi-se arrastando até que a liderança do país mudou, assim como os meandros em que se efectuavam as “engenharias” do roubo ao Estado. Consta também que, ante a impossibilidade de gastar à vontade, enfrentando alguns “apertos” e diante da pressão da empresa, Fátima Prado vendeu, por uma quantia inferior, a mesma propriedade para outra pessoa, mesmo sem possuir os documentos totais da mesma, frisou a fonte ao Ladrão.

Enquanto isso, o casal conseguiu enganar o comprador que, segundo as informações citadas, apercebeu-se um tanto tardiamente do logro em que caiu, pois a empresa quer o pagamento do valor em falta.

Para a opinião pública, esta é mais uma prova de como as elites do poder “brincavam” e continuam a “brincar” com as riquezas do país. Imagine-se uma casa que custa cerca de três milhões de dólares; terá adornos de ouro e diamante? É a questão que não quer calar-se, considerando que, em Angola, grande parte da população vive em miséria extrema, crianças morrem de fome diariamente, não têm o básico para sobreviver, até assistência médica adequada é coisa de outro mundo.

Porém, pura e simplesmente tem sido “esquecido” tanto pelas autoridades judiciais como pelo próprio Titular do Poder Executivo que desfraldou a bandeira da luta contra a corrupção.

Serafim Maria do Prado, que foi governador provincial do Kwanza Sul por cerca de 10 anos, é apontado em diversos círculos da sociedade angolana como o que mais desgraçou aquela região de Angola, expropriou propriedades do Estado, particulares e terras, apoderou-se dos dinheiros públicos e, durante a sua administração, o Kwanza Sul só conheceu retrocesso, a pontos de perder o brilho e a potencialidade em termos agro-pecuários e industriais, entre outros, que sempre ostentou.

Por outro lado é ainda acusado de ter prejudicado a imagem do MPLA nas eleições de 2008. Chegou inclusive a sabotar orientações do presidente do Tribunal Constitucional, Rui Ferreira, que na altura, deu a conhecer que os partidos que quisessem concorrer às eleições teriam de submeter cópia de um certo número de cartão de eleitores de cidadãos nacionais.

Em resposta, Serafim do Prado, enquanto governador provincial do Kwanza Sul, foi à emissora provincial local, fazer um apelo contrário proibindo as populações a não darem cópia dos seus cartões de eleitor aos partidos políticos da oposição.

Em actualização…

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