AUTORITARISMO NA TELEVISÃO PÚBLICA? CABINGANO MANUEL SOB ACUSAÇÕES DE HUMILHAÇÃO A QUADROS ANTIGOS DA TPA

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A televisão pública de Angola (TPA), instituição histórica da comunicação social do país, parece viver dias de tensão e indignação entre os seus quadros mais antigos. O motivo? O comportamento arrogante e, segundo fontes internas, profundamente desrespeitoso do atual Diretor de Informação, Cabingano Manuel.

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Cabingano, que se destacou publicamente como rosto do programa “Na Lente”, é frequentemente elogiado pela sua formação académica e percurso profissional. Detentor de um currículo invejável — com mestrado em Administração Pública, pós-graduações em Gestão Estratégica de Comunicação e Jornalismo Investigativo —, foi agraciado com prémios de jornalismo e distinções em programas televisivos como o Moda Luanda. No papel, um profissional exemplar. Mas será que a realidade dentro da TPA corresponde a esta imagem polida?

Funcionários da casa denunciam um comportamento recorrente de desprezo pelos quadros seniores da instituição, aqueles que, com décadas de serviço, sustentaram a TPA nos tempos difíceis e pavimentaram o caminho para que jovens como Cabingano pudessem hoje ocupar cargos de topo. “Não respeita ninguém. Chegou e quer mandar como se fosse dono da televisão”, disse uma fonte que preferiu manter anonimato por receio de represálias.

As denúncias apontam para um ambiente laboral tóxico, marcado por ordens autoritárias, constrangimentos públicos e humilhações internas. A pergunta impõe-se: de que vale a formação e os prémios se não há respeito pelos alicerces da própria casa que hoje dirige?

Para apurar a veracidade das acusações, o Agita News contactou o veterano jornalista Ernesto Bartolomeu, que procurou desvalorizar os relatos, afirmando que “o Cabingano é nosso miúdo e não falta respeito, só que aí às vezes é preciso dizer quem é que manda”. A resposta levanta ainda mais dúvidas: é essa a nova filosofia da direção da TPA? Mostrar “quem manda” em vez de liderar com empatia, diálogo e reconhecimento da história da casa?

A comunicação social pública não pode, em hipótese alguma, tornar-se num palco de vaidades e guerras de egos. Muito menos num espaço onde o respeito pela antiguidade, pela experiência e pelo mérito é substituído por autoritarismo juvenil mascarado de modernidade.

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