PETROLÍFERA DO “CORRUPTO” MANUEL VICENTE PREVÊ PRODUZIR 50 MIL BARRIS/DIA

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A petrolífera Etu Energias de Manuel Vicente, ex-Somoil, prevê produzir, a partir de 2026, 50 mil barris por dia do petróleo bruto, contra os actuais 25 mil barris/dia.

PORTAL O LADRÃO

A referida companhia opera no Bloco 2/05, em associação com outros parceiros, localizados no Offshore e Onshore da Bacia do Congo, no município do Soyo, província do Zaire.

De acordo com o presidente do Conselho da Administração, Edson dos Santos, que falava esta quinta-feira à imprensa, no Soyo, a empresa está focada num crescimento lucrativo e sustentável.

Explicou que o processo passa pela aquisição e posicionamento em novos blocos petrolíferos, assim como na exploração, desenvolvimento e produção do óleo negro.

Explicou que a mudança de nome de Somoil para Etu Energias, operada há poucos anos, visa fazer jus às energias renováveis, lembrando que no passado recente, essa operadora tinha o seu foco virado apenas na exploração do petróleo bruto.

Neste âmbito, salientou que a petrolífera está num processo de profunda transformação, na qual se pretende reverter as fontes térmicas para as energias renováveis na ordem dos 70 por cento, nas suas operações, com a instalação de painéis solares.

“Temos vários projectos pelo país, onde está em curso a substituição de geradores de energia eléctrica diesel por painéis solares”, sublinhou.

Falou, ainda, do propósito da empresa em alargar a sua actividade para o ramo da distribuição dos derivados de petróleo, pelo que anunciou, para os próximos tempos, a construção de postos de abastecimento pelo país.

Quanto à preservação ambiental, disse ser a primeira prioridade, frisando que, nos últimos dois anos, procedeu-se à substituição de 80 quilómetros da rede de tubagens de transporte do petróleo bruto que se encontrava obsoleta, para mitigar o impacto ambiental.

“A Etu Energias é a única operadora, no país, que tem as suas operações muito próximas das zonas residenciais, daí o nosso foco na segurança e protecção ambiental”, asseverou.

Ainda neste âmbito, Edson dos Santos informou que a companhia sob sua gestão reduziu, igualmente, a queima de gás na ordem dos 40 por cento, nas plataformas petrolíferas adstritas, para quem a visão é de extinguir este processo (queima de gás), nos próximos cinco anos.

O presidente do Conselho da Administração da Etu Energias S.A, falava no final da cerimónia de entrega de certificados a 220 jovens de ambos os sexos, que finalizaram os cursos de formação técnico-profissional no Instituto Politécnico do Soyo (IPS), patrocinados pela sua empresa e parceiros.

Durante seis meses, os formandos frequentaram cursos nas especialidades de electricidade industrial, soldadura industrial, mecânica-auto, refrigeração e frio, tubagem, energias renováveis, entre outros, no âmbito de um Protocolo de Apoio ao Desenvolvimento, Capacidade Técnica e Criatividade, entre a referida escola e a Etu Energias.

Esta é a quarta fase da referida formação, patrocinada por esta operadora petrolífera nacional, beneficiando mais de 500 jovens de ambos os sexos.

A Etu Energias S.A é uma empresa integrada de energia de capital exclusivamente privado, subscrito inteiramente por angolanos, com o objecto social que inclui actividades de pesquisa, desenvolvimento, produção, comercialização de petróleo bruto, distribuição e comercialização de derivados, serviços de consultoria e energias renováveis.

Segundo o África Monitor, o respectivo financiamento foi assegurado por um consórcio bancário reunindo o African Export Import Bank, Shell Western Supply e Banco Angolano de Investimentos (BAI).A Somoil, que se tornou Etu Energias em Abril do ano passado, foi fundada em 2000 por altos membros do MPLA. Foi durante muito tempo associado ao antigo vice-presidente Manuel Vicente, bem como ao antigo ministro da Indústria, Joaquim David.

Agora dirigida pelo ex-executivo da Sonangol Edson dos Santos, a Etu Energias é detida em 50% pelo antigo chefe de geofísica da Sonangol, Almeida e Sousa, e em 30% pelos seus ex-colegas Alexandre Salgado Costa e Ana da Conceição Nunes. A identidade dos outros oito acionistas que detêm os 20% restantes permanece desconhecida.

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