PITTA GRÓZ FAZ VISTA GROSSA NA LIDERANÇA DA PGR E ANUNCIA IR PARA UM SEGUNDO MANDATO
Ao contrario de uma posição um posição tomada um dia antes do natal de 2022, o general Hélder Fernando Pitta Gróz, comunicou aos seus colegas nesta sexta-feira (21), que irá concorrer para renovação do seu mandato tendo já apresentado a sua candidatura para ao provimento das funções de Procurador-Geral da República (PGR) e de Vice-PGR.
De acordo com as justificações expostas na comunicação que o Club-K teve acesso, o magistrado do ministério público diz que tomou essa decisão, “ por saber que havia a orquestração de campanha para denegrir-me, violando todos princípios éticos que devem pautar ambição pessoal” acrescentando que “no momento achei melhor afastar-me do que conviver com hipocrisia”.
Pitta Gróz, diz ainda que, “dai para frente, fui contactado por diversas pessoas, quer magistrados como fora da magistratura, para repensar na minha decisão” e que “tendo em conta que deveremos pôr em primeiro lugar o interesse público, assim foi toda minha vida, altero minha decisão sobre não recandidatura a renovação do mandato”.
“Defendo que a melhor campanha é o trabalho, observação de valores éticos, respeito, transparência e coerência no agir no fazer…. na interacção”, rematou o PGR cessante declarando que é este “o esclarecimento que me sinto na obrigação de dar-vos”.
Hélder Pitta Groz, 66 anos, natural de Luanda, substituiu no cargo de PGR João Maria de Sousa, em 2017, à data da sua nomeação o vice-procurador-geral da República para a Esfera Militar e Procurador Militar das Forças Armadas.
O processo de eleição realizado pelo Conselho Superior da Magistratura do Ministério Público (CSMMP) acontece no próximo dia 24 do corrente mês. Depois de escolhidos, o CSMMP) deverá enviar os três nomes dos candidatos mais votados para a que o Chefe de Estado escolha um deles para se tornar no próximo Procurador-Geral da República (PGR).
Para além do PGR cessante Hélder Pitta Groz, terão manifestado intenção de concorrer a Procuradora-Geral Adjunta da República e directora Nacional de Prevenção e Combate Inocência Maria Gonçalo Pinto, e o Vice-Procurador-Geral de Angola para a esfera militar e procurador militar das forças armadas, General Adão Adriano António. O último é tido como a preferência de João Lourenço que denota uma certa preferência no modelo de um regime militar.