JOÃO LOURENÇO PARTICIPA NO EVENTO COMO CAMPEÃO DA COVAX
O Presidente da República, João Lourenço, vai participar na conferência de alto nível, a convite da Gavi, como reconhecimento do seu empenho e dedicação na mobilização de vacinas que permitiram salvar vidas de vários cidadãos angolanos prioritários, durante a fase crítica da pandemia da Covid-19.
De acordo com a Gavi, esta entrega do estadista angolano, na luta contra a Covid-19, permitiu ao país implementar, rapidamente, inovações e melhorias na capacidade da cadeia de frio existente, para responder, com sucesso, aos desafios colocados pela pandemia global.
“Através da sua visão e compromisso como um Campeão Covax, nomeado pela Gavi, os seus pensamentos e perspectivas serão altamente valiosos para a nossa distinta audiência”, destaca a organização do evento, para quem a participação de João Lourenço na conferência será “inspiradora e essencial”.
“Sua Excelência, além da nossa longa e confiável parceria na imunização de rotina, também elogiamos a sua liderança e coordenação durante a pandemia da Covid-19”, realça a Gavi.
Um comunicado divulgado, ontem, pela Secretaria do Presidente da República para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa, a propósito da participação neste evento, avança que o Chefe de Estado vai fazer uma intervenção durante a conferência, momento por via do qual partilhará, com os presentes, a visão sobre os assuntos a serem discutidos.
O Presidente da República deixou a capital do país ao fim da manhã de ontem, com destino ao Reino de Espanha, para participar nesta conferência.
Na mensagem sobre o Estado da Nação, de 15 de Outubro de 2022, o Presidente da República reconheceu e agradeceu o apoio, com vacinas, que o país recebeu de doadores internacionais, entre eles países e organizações.
O Chefe de Estado fez saber, naquela ocasião, que o país conseguiu mobilizar 35,5 milhões de doses de vacinas seguras para uma população elegível de cerca de 18 milhões de habitantes a partir dos 12 anos de idade.
Disse, na época, já terem sido vacinadas, com uma dose, mais de 14,5 milhões de pessoas e, até aquela altura em que falava, cerca de 8 milhões estavam imunizadas.
Para aumentar o atendimento hospitalar, o Presidente informou que foram construídas, no país, 172 unidades sanitárias, que reforçaram o número de camas em 8.492 unidades.
Como resultado deste investimento, o Presidente da República deu a conhecer que o país passou a contar com mais de 33 mil camas hospitalares.
No plano internacional, João Lourenço foi um dos estadistas africanos que muito se bateu para uma distribuição mais equitativa das vacinas aos países do continente, na altura em que a pandemia atingiu proporções alarmantes, afectando, gravemente, muitas nações africanas.
No discurso feito na 76ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, Estados Unidos da América, o Presidente da República defendeu que se classificasse a vacina contra a Covid-19 como um bem da humanidade, de acesso universal e aberto, para permitir uma maior produção e distribuição equitativa à escala mundial.
O estadista angolano apontou a solidariedade e a simplificação nos processos de acesso às vacinas como uma das vias mais eficazes para conduzir o mundo à vitória contra a pandemia da Covid-19. Referiu, naquele encontro, ser este o caminho que iria permitir uma imunização, a mais larga possível, da população mundial.
O Presidente João Lourenço lamentou, no acto, a disparidade que se verificava entre umas e outras nações, no que respeita ao acesso às vacinas, tendo considerado o acto “chocante”. Denunciou que aquelas diferenças estavam a permitir, em alguns casos, a administração da terceira dose nalguns países, quando, em outros, como em África, a larga maioria das populações ainda se encontrava sem a primeira dose.
A partir do palanque da sede das Nações Unidas, o estadista angolano lançou um apelo ao mundo, para que se discutisse e aprovasse, em sede daquela organização, decisões favoráveis à liberalização do regime das patentes de produção de vacinas, para que fosse possível a fabricação por um número maior de países, tornando-as, deste modo, mais acessíveis para todos.
O Chefe de Estado referiu, naquela sessão da ONU, que a luta contra a Covid-19 e as suas novas e “assustadoras” variantes seriam vencidas, com resultados satisfatórios às expectativas de retorno cabal das populações à vida normal, se a solução passasse por um esforço conjugado, exercido por todos, sem distinção de ricos e pobres ou de outro tipo de categorias sociais.