BANCO ATLÂNTICO ACUSADO DE DESTRUIR BI DO CLIENTE SEM AUTORIZAÇÃO

0

O cidadão de nome Gimi Panzo, cliente do Banco Atlântico na agência do Talatona, apresentou uma denúncia alegando que a instituição bancária destruiu o seu Bilhete de Identidade (BI) após o documento ter sido deixado no balcão para procedimentos relacionados a uma transferência internacional.

PORTAL O LADRÃO

Segundo o denunciante, o processo teve início quando recebeu uma transferência do exterior e foi informado de que, por política interna, o levantamento exigia presença física para preenchimento de documentos e apresentação do BI. Após ser atendido, Gimi Panzo deixou o seu documento no banco, acreditando tratar-se de um procedimento normal, e ausentou-se, segundo contou a este Jornal.

Mais tarde, recebeu uma chamada de uma funcionária da agência a informar que deixou o BI no balcão. Gimi Panzo explicou que não tinha disponibilidade imediata para regressar e que retornaria noutro dia. Porém, antes de conseguir fazê-lo, viajou em missão de serviço durante três semanas.

Ao regressar, voltou ao banco para recuperar o documento, mas foi surpreendido com a alegação de que o seu BI tinha sido recolhido pelos serviços centrais e destruído.

“Disseram-me que é um procedimento normal, após três semanas, todos os documentos deixados pelos clientes são destruídos”, contou.

Inconformado, foi orientado a conversar com um outro funcionário, identificado como Zacarias, que confirmou a destruição do documento. Posteriormente, o banco teria tentado solucionar o problema, orientando o cliente a tratar um novo BI numa identificação em Luanda. Entretanto, ao chegar ao local indicado, supostamente na Administração da Camama,  Gimi Panzo foi informado de que o funcionário referido já não trabalhava ali.

O cliente contesta a legalidade da destruição do documento e defende que há  lei  de protecção de dados. “ O banco não pode destruir um bilhete válido. Fico na dúvida se o meu documento foi mesmo destruído ou usado para outro fim. A minha identidade está em risco”, afirmou.

Face aos transtornos, o cliente exigiu uma indemnização de 75.000 kwanzas, justificando perdas salariais por deslocações e faltas ao serviço. Segundo Gimi Panzo, apresentou-se aberto a negociações, mas recebeu como resposta de um funcionário “faça o que quiseres”.

O Jornal Hora H deslocou-se à agência e foi recebida pelo referido funcionário Zacarias, que confirmou a veracidade dos factos, mas lamentou a alegada falta de colaboração do cliente. Segundo ele, Gimi Panzo estaria apenas interessado em receber a indemnização solicitada e não a tratar um novo BI.

O banco, de acordo com informações apuradas pelo Jornal Hora H, dias depois, pagou cinquenta mil kwanzas  ao cliente como forma de compensação. Os 25.000 kwanzas restantes deverão ser entregues no dia 22 de Dezembro, conforme declarou o denunciante.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *