ESCÂNDALO NA ASSEMBLEIA NACIONAL: CAROLINA CERQUEIRA NO BOLSO DE PEDRO NERI, O SECRETÁRIO-GERAL QUE MANDA E DESMANDA

0

Segundo apurou o Observa Angola, após a eleição de Carolina Cerqueira como presidente da Assembleia Nacional, muitos acreditaram que ela se livraria do polémico Neri. Conselheiros próximos chegaram a recomendar a sua exoneração imediata. Mas, surpreendentemente, Carolina manteve-o no cargo e acabou, segundo fontes internas, a ficar refém do seu poder de manipulação.

Em círculos restritos, Pedro Neri teria chegado a afirmar com arrogância: “A presidente já está no meu bolso. Ela não tem coragem de me exonerar.”

A declaração caiu como uma bomba entre os presentes, revelando o nível de autoconfiança e ousadia do secretário-geral.

Carolina Cerqueira sempre foi vista como uma dirigente de “mão de ferro”, intransigente e incorruptível. Mas, nos últimos meses, sua imagem começa a ser arrastada para o descrédito por causa da proximidade com Pedro Neri, acusado de práticas que minam a credibilidade da Assembleia.

Fontes garantem que, em matéria de corrupção, Neri rivaliza com Joel Leonardo, o ex-presidente do Tribunal Supremo, conhecido pelos escândalos de corrupção, nepotismo e chantagem.

PEDRO AGOSTINHO DE NERI ACUSADO DE USAR EMPRESAS LIGADAS AO PRESIDENTE PARA SE MANTER NO PODER

A Assembleia Nacional de Angola encontra-se mergulhada em mais um escândalo que expõe as fragilidades do sistema de contratação pública e levanta sérias questões sobre tráfico de influência, nepotismo e falta de transparência.

No epicentro da polémica está Pedro Agostinho de Neri, Secretário-Geral da Assembleia Nacional desde 2008, acusado de manipular processos internos para beneficiar empresas com ligações directas ao Presidente da República, João Lourenço.

O ESQUEMA DOS CONTRATOS SEM CONCURSO:

Fontes internas, que solicitaram anonimato, denunciam que Neri teria desempenhado um papel decisivo na entrada da Vida Seguros – empresa do grupo Carrinho, ligado ao empresário César de Sousa, marido da Ministra das Finanças, Vera Daves – como fornecedora exclusiva dos seguros de saúde e de viagens dos deputados e funcionários parlamentares.

Segundo as denúncias, o contrato foi adjudicado sem concurso público, num claro atropelo à Lei da Contratação Pública, levantando suspeitas de favorecimento político e de blindagem de interesses privados com a máquina do Estado.

UMA REDE DE PODER E PROTEÇÃO.

Para analistas, a jogada de Neri revela não apenas astúcia, mas também um perigoso uso estratégico das ligações políticas. Ao colocar no centro da Assembleia uma empresa associada à esfera familiar e empresarial do Presidente, o Secretário-Geral asseguraria, segundo críticos, uma espécie de imunidade política e garantia de longevidade no cargo.

O que espanta muitos deputados é a “inteligência maquiavélica” do dirigente: ao alinhar-se com interesses próximos ao chefe de Estado, Neri cria um escudo que dificulta qualquer tentativa de contestação ao seu poder interno.

O Observa Angola promete trazer nos próximos dias detalhes do esquema de desvio de fundos públicos atribuído a Pedro Agostinho de Neri, um dos segredos mais sombrios que circulam nos corredores da Assembleia Nacional.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *