EX-PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPREMO ACUSADO DE ABUSO SEXUAL

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O juiz conselheiro Joel Leonardo, que recentemente apresentou a sua demissão da presidência do Tribunal Supremo, enfrenta novas acusações que agravam a sua já controversa passagem pela liderança da mais alta instância judicial do país.

Segundo uma publicação do jornalista William Tonet, Joel Leonardo é acusado não apenas de práticas administrativas ilícitas e alegada comercialização de sentenças, mas também de ter transformado o seu gabinete em espaço de condutas de natureza sexual consideradas abusivas.

De acordo com a denúncia, uma magistrada terá sido coagida a manter relações sexuais no interior do gabinete do então presidente do Tribunal Supremo.

A alegada vítima, que permaneceu em silêncio durante anos por receio de represalias, poderá agora vir a público apresentar o seu testemunho, alegando ainda a existência de uma testemunha ocular capaz de confirmar os factos.

A mesma fonte refere que a magistrada terá beneficiado de promoções durante o período em que permaneceu em silêncio, embora parte das promessas feitas nunca tenham sido cumpridas.

Caso estas acusações se confirmem, Joel Leonardo poderá enfrentar consequências disciplinares severas, incluindo a expulsão da magistratura, cenário particularmente simbólico tendo em conta que, ao longo do seu mandato, o próprio aplicou sanções rigorosas a magistrados por condutas menos graves.

Joel Leonardo, que tem oficialmente duas esposas, tem sido alvo de sucessivas denúncias públicas relacionadas com corrupção, tráfico de influência e gestão irregular, sempre sob forte contestação da sociedade civil.

A sua recente saída de funções abre espaço para que novos testemunhos e denúncias venham à tona, colocando em causa não apenas a sua reputação pessoal, mas também a credibilidade das instituições judiciais.

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