CORRUPÇÃO: MORADORES DO BAIRRO DA EIVA PEDEM INVESTIGAÇÃO SOBRE 150 CASAS NA HUÍLA

Moradores do bairro da Eiva, no Lubango, que foram desalojados de áreas de risco, há cinco anos, exigem que o governador provincial seja investigado pelo atraso na conclusão das 150 casas evolutivas inacabadas na região.
PORTAL O LADRÃO
A denúncia chegada ao Na Mira do Crime inpica que as obras iniciaram em 2022, tendo como envolvidos a Diretora do GEP.
Huíla, o Governador Provincial da Huíla, Nuno Mahapi Dala, o Vice-Governador pela área técnica infraestrutura, Hélio de Almeida o Administrador Municipal do Lubango, Lisender André, o Administrador Municipal Adjunto do Lubango, José Orlando Brás, è o Director do GEP-Lubango.
De acordo com moradores ouvidos por este jornal as residências não oferecem condições adequadas de habitabilidade. Eles cobram explicações do governador sobre a paralisação das obras.
O cidadão Miguel Tchiloya, residente no bairro desde 2022, após ser desalojado do bairro da Lage, afirmou que a casa que recebeu está inacabada, sem reboque, e que desde então, nenhum governante retornou ao local para esclarecer os motivos da interrupção das obras.
“Fui eu quem fez alguns retoques na casa, gomo p reboque e a colocação do chão liso, entre outras melhorias que, no meu entender, seriam responsabilidade do empreiteiro e do governo. Queremos explicações sobre essa situação” declarou.
Bernardo Quessongo Mário, que vive no bairro há quatro anos, após ser desalojado do bairro Ferrovia, destacou que a administração municipal do Lubango apenas, entregou as residências, mesmo inacabadas, sem fornecer qualquer justificativa sobre o que se passou.
“Além disso, algumas residências que não foram ocupadas estão sendo vandalizadas por marginais, que retiram portas e janelas para uso próprio. Pedimos encarecidamente ao Governo provincial que tome providências, pois o bairro virou um campo de cultivo de milho, favorecendo a proliferação de mosquitos e causando várias doenças”, alertou.
Elias Celestino, também residente há quatro anos após ser desalojado do bairro Santo António, afirmou que a situação das casas inacabadas é difícil. Ele explicou que o§ ventos fortes arrancaram as chapas da sala de sua casa, que ficaram inutilizadas, e que até ao momento, não houve reposição.
“Quando chove, a única alternativa é abriga-se no quarto, onde restaram algumas chapas. Espero que essa situação seja resolvida para evitar consequências ainda piojes”, lamentou.
Joaquina Bimbi, moradora há cinco anos, destacou que algumas casas estão semi-acabadas, enquanto as outras permanecem sem conclusão alguma.
Ela cobrou um posicionamento do governo sobre o (motivo de a população viver em condições precárias, enquanto os dirigentes habitam casas de luxo.
“Actualmente, a única coisa que temos é um teto para passar a noite, mas não há condições dignas de moradia,” afirmou.
Outra moradora, que preferiu não se identificar, denunciou que algumas casas acabadas foram ocupadas por dirigentes, que não as habitam e tampouco as disponibilizam para os mais carenciados.
“Há dirigentes que ocuparam casas aqui na Eiva, mas ninguém mora nelas há muito tempo No entanto eles aparecem periodicamente para verificar o estado dos imóveis” acusou.
RESPOSTA DO GOVERNADOR
O governador provincial da Huíla, Nuno Mahapi Dala, em um encontro com jornalistas locais, afirmou que as residências permanecem inacabadas devido à insuficiência de verbas.
“As habitações fazem parte de um projecto de realojamento das populações que residiam em zonas de risco concebemos esse projecto há menos de três anos, mas, devido à insuficiência financeira, as obras foram interrompidas.
Nestas verbas do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2025, com financiamento do Rote, retornaremos a construção e concluiremos as casas, colocando-as à disposição das populações cadastradas no programa”, explicou o governador.