VETERANOS DO MPLA REAGEM AS HOSTILIZAÇÕES CONTRA DINO MATROSS EM REUNIÃO COM JOÃO LOURENÇO

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 Em resposta à reunião realizada no dia 26 de agosto em Luanda, onde o antigo Secretário-Geral do MPLA, Dino Matross, foi alvo de duras críticas por parte do Presidente João Lourenço, veteranos do partido emitiram uma forte declaração condenando as acusações e defendendo a integridade de Matross.

Os Veteranos da Pátria e Militantes do MPLA, em nota enviada ao Club-K, manifestaram o seu “grande desagrado” com as acusações que consideram “infundadas e levianas” contra Matross, alegando que estas são fruto de uma campanha maliciosa conduzida pela equipe do Palácio. Segundo os veteranos, a recente entrevista concedida por Dino Matross foi distorcida e transformada em uma arma de ataque por aqueles que preferem fomentar divisões dentro do partido, em vez de buscar a unidade.

No comunicado, os veteranos foram enfáticos ao afirmar que as alegações de que Matross estaria conspirando contra João Lourenço são “totalmente falaciosas” e desrespeitam a longa trajetória de militância do ex-secretário-geral. O grupo ressaltou que o verdadeiro ponto de conflito é o respeito aos estatutos do MPLA, que promovem a democracia interna e a possibilidade de múltiplas candidaturas.

“Defender a democracia interna e o direito dos militantes de escolherem os seus líderes é uma obrigação de todos nós”, declararam, destacando que Dino Matross não deve ceder a pressões ou intimidações. O comunicado também criticou as tentativas de estigmatizar Matross e outros membros veteranos do partido, apenas por discordarem da atual liderança.

Os veteranos expressaram indignação ao ver “algumas vozes a recorrerem a ataques pessoais” em vez de contribuírem para um debate construtivo sobre o futuro do MPLA e do país. Para eles, insinuar que Dino Matross é contra João Lourenço ou que é um traidor por defender a democratização do partido é “desonesto” e um desrespeito aos princípios do MPLA.

O comunicado relembra o papel crucial de Matross na transição de liderança do partido e seu apoio incondicional a João Lourenço, rejeitando qualquer insinuação de deslealdade. Por fim, os veteranos apelaram à unidade do partido e à rejeição de qualquer tentativa de violação dos estatutos, reafirmando que o processo de sucessão dentro do MPLA deve ser conduzido de forma coesa e democrática, sem influência indevida do Palácio.

“Juntos seremos mais fortes, e as nossas vozes, unidas, constituem a força que pode levar o nosso partido a novas alturas”, concluíram os veteranos, convocando todos os militantes a colocarem os interesses do MPLA e do povo angolano acima de ambições pessoais.

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