UNITA DESAFIA O PRESIDENTE DO MPLA JOÃO LOURENÇO, A PROVAR QUE A UNITA É O RESPONSÁVEL DAS VANDALIZAÇÕES DOS BENS PÚBLICOS
COMUNICADO DE IMPRENSA
Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA escutou, com bastante preocupação, as declarações do Presidente do MPLA, proferidas durante a sessão de abertura da reunião com os Primeiros Secretários dos Comités de Acção do seu Partido, e torna público o seguinte:
1. É do domínio público que o MPLA, partido no poder, está envolto numa grave e indisfarçável crise de liderança que o torna incapaz de orientar de realizar o seu programa de governação, gravemente condicionado pela corrupção institucionalizada, pela mentalidade monolítica e pela cultura de exclusão, oferecendo aos cidadãos um país onde todos os que pensam diferente vivem já condenados, até que o Presidente do MPLA decida o contrário.
2. O Presidente do MPLA, com vestes de Presidente da República, no seu discurso, demonstrou, de viva voz, que não está à altura da missão republicana de representar todos os angolanos, porque é contra a unidade nacional, o Estado Democrático e de Direito e o regular funcionamento das instituições da República. O Presidente da República destila ódio, promove a intolerância e a divisão dos angolanos.
3. Ao proferir impropérios contra a oposição, a propósito do sentido de voto do Grupo Parlamentar da UNITA, aquando da votação final global da proposta de Lei dos crimes contra a vandalização de bens públicos, o Presidente do MPLA, com vestes de Presidente da República de Angola, recorre à calúnia e à difamação, pelo que o desafiamos a provar que a ocorrência dos crimes que imputa à oposição não são meras e falsas acusações.
4. O Presidente do MPLA, com vestes de Presidente da República, resiste à ideia de governar para todos os angolanos como iguais, exterioriza o seu profundo desrespeito pelos que pensam diferente, manda no Poder Judicial, dita sentenças, espezinha o funcionamento autónomo da Assembleia Nacional e quer determinar o sentido de voto do Grupo Parlamentar da UNITA.
5. O discurso do Presidente do MPLA é nostálgico ao SISTEMA DE PARTIDO ÚNICO, responsável pela desgraça que se abateu sobre Angola, desde Maio de 1975, quando o MPLA derrubou o Governo de Transição saído dos Acordos de Alvor, para impor aos angolanos a guerra do hegemonismo partidário, que arruinou o País e adiou o seu desenvolvimento económico e social por meio século.
6. O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA apela aos patriotas angolanos, membros de partidos políticos, das igrejas, da sociedade civil, do Poder Judicial e das Forças de Defesa e Segurança, a rejeitarem e condenarem o discurso do Presidente do MPLA com vestes de Presidente da República, que atenta contra a paz, a democracia e a reconciliação nacional.
7. O Presidente do MPLA devia ser, com vestes de Presidente da República e antes de tudo, o garante da paz, da unidade e da reconciliação nacional, pois nenhuma acção diplomática de promoção da paz na região dos grandes lagos é credível, quando o mesmo actor alimenta a discórdia no seu país.
8. O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA apela ao MPLA e ao seu presidente, que abandonem a linguagem do ódio, da intolerância e da diabolização de quem pensa diferente, e se libertem da tática de apontar o dedo aos outros, sempre que surge a necessidade de encobrir os seus próprios fracassos.
9. O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA apela às angolanas e aos angolanos para não se deixarem intimidar pelas intenções de condicionar o livre exercício do mandato do povo soberano de Angola pelos Deputados à Assembleia Nacional e para que não desistam desta luta incessante pela busca de um País de todos, que trate todos como iguais em direitos, deveres e oportunidades.
10. O Secretariado Executivo do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA encoraja os Deputados do Grupo Parlamentar da UNITA a pautarem os seus posicionamentos políticos pela defesa dos direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos e pelos valores e princípios inscritos na Constituição da República de Angola.