CUNENE E A GESTÃO DE JOÃO LOURENÇO – VIRGÍLIO SHIEPO – ACTIVISTA SOCIAL
A gestão do presidente não só reavivou lembranças dolorosas da guerra civil, mas também consolidou uma série de inconsistências e inconstitucionalidades que têm minado o progresso e a dignidade do povo do Cunene.
Indícios Graves de Corrupção e Influência de Poder nos Negócios
A administração de João Lourenço tem sido marcada por denúncias graves de corrupção e a manipulação do poder para favorecer interesses pessoais e de um grupo restrito de aliados. A influência perniciosa nos negócios e a utilização do poder para ganhos privados não só enfraquecem a estrutura do Estado, mas também corroem a confiança da população nas instituições governamentais.
Divisão do MPLA e Perseguições Selectivas.
A divisão interna no MPLA é evidente, exacerbada por perseguições selectivas de membros que não compactuam com a ideologia e práticas corruptas da atual liderança. Esta fragmentação não só enfraquece o partido, mas também compromete a unidade necessária para enfrentar os desafios nacionais de forma coesa e eficaz.
Políticas Públicas Ineficazes e Estagnação Económica.
As políticas públicas sociais e económicas implementadas pelo governo de João Lourenço têm sido ineficazes, resultando em mais de cinco anos consecutivos sem crescimento económico significativo. As medidas adotadas falharam em diversificar a economia, reduzir a pobreza e melhorar as condições de vida da população, especialmente na província do Cunene, que continua a ser a mais afetada pela fome em Angola.
Falhas Estruturais e Estratégicas na Província do Cunene.
A gestão desastrosa de João Lourenço é ainda mais evidente nas decisões estratégicas equivocadas para a província do Cunene.
A construção de três barragens, estrategicamente mal situadas, é um exemplo claro de decisões tomadas sem a devida consulta à população local. A extensão da província e suas necessidades específicas foram ignoradas em detrimento de interesses centralizados e mal-informados.
Imperativos para o Congresso do MPLA em Dezembro de 2024
No próximo congresso do MPLA, em dezembro de 2024, é imperativo que se eleja um candidato comprometido com o partido, com Angola e, acima de tudo, com os angolanos. A liderança deve ser reorientada para servir os interesses do povo, com foco em políticas públicas eficazes, transparência, e integridade.
EXIGÊNCIAS DA POPULAÇÃO DO CUNENE
O povo do Cunene deve levantar-se e exigir melhorias concretas em suas condições de vida. Não podemos mais aceitar ser a província relegada ao esquecimento. A população deve exigir mais habitações, estradas, escolas, postos médicos, energia e água para toda a extensão da província. A dignidade e o futuro do Cunene dependem de uma resposta firme e corajosa às falhas da atual administração.
Em suma a gestão de João Lourenço tem sido marcada por insensibilidade, corrupção e ineficácia. É hora de o povo do Cunene e de Angola como um todo exigirem uma mudança drástica. Devemos nos unir para garantir que o próximo líder seja verdadeiramente comprometido com o progresso e o bem-estar de todos os angolanos. Esta é uma questão de justiça, dignidade e sobrevivência. O povo do Cunene merece um futuro melhor, e isso só será possível com uma mudança na liderança que reflete os valores e aspirações de todos os cidadãos angolanos.
Virgílio Shiepo activista social.