A AVENTURA PERIGOSA DE ANA DIAS LOURENÇO: UM AVISO AOS MILITANTES DO MPLA

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Nos últimos tempos, surgiram informações alarmantes sobre os planos do Presidente João Lourenço de preparar sua esposa, Ana Dias Lourenço, para sucedê-lo na liderança do MPLA e, consequentemente, na presidência de Angola. Esta decisão, que parece estar a ser concretizada de forma silenciosa, deve ser vista como um risco considerável não apenas para o partido, mas para toda a nação.

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As preocupações sobre essa possível sucessão não são infundadas. Dentro dos corredores do Palácio Presidencial, onde técnicos, trabalhadores e até membros do corpo de segurança têm uma visão privilegiada do comportamento da Primeira-Dama, há um consenso claro: Ana Dias Lourenço é ainda mais autoritária e desumana do que o próprio Presidente. Relatos de maus-tratos e desrespeito para com os empregados e subordinados pintam um quadro sombrio de uma figura pública que se apresenta à sociedade de maneira completamente diferente do que realmente é.

Essa dualidade na personalidade de Ana Dias Lourenço levanta sérias questões sobre sua capacidade de liderar o país com justiça e empatia. Quando alguém que, na posição de Primeira-Dama, já demonstra um desprezo tão evidente pelos direitos e bem-estar daqueles ao seu redor, é natural temer o que essa pessoa poderia fazer se tivesse todo o poder do Estado em suas mãos.

A eventual ascensão de Ana Dias Lourenço à presidência representaria, portanto, uma grave ameaça à estabilidade e à unidade do MPLA. Militantes de base, intermediários, membros do Comitê Central e do Bureau Político precisam refletir profundamente sobre as implicações desse projeto de poder familiar. A história do nosso partido e de Angola não pode ser sequestrada por um capricho pessoal ou uma ambição desmedida.

A liderança não é um direito hereditário, e o MPLA não deve ser gerido como propriedade privada de uma família. As políticas públicas, os destinos de milhões de angolanos e o futuro do país não podem estar à mercê de uma aventura política que ignora as realidades e necessidades do povo. A imposição de Ana Dias Lourenço como sucessora apenas minaria a confiança dos cidadãos no MPLA e no governo, levando a um cenário de descontentamento social e instabilidade política.

Mais do que nunca, é essencial que o partido se volte para a escolha de líderes comprometidos com o bem-estar coletivo, que respeitem os valores democráticos e que estejam genuinamente interessados em resolver os desafios que Angola enfrenta. A manutenção da paz, a promoção do desenvolvimento econômico e social e a preservação da dignidade dos angolanos devem ser as prioridades absolutas de qualquer futuro líder.

Aos militantes do MPLA, é hora de questionar, de debater e de se posicionar. Não podemos permitir que decisões tomadas a portas fechadas comprometam o legado do partido e o futuro de Angola. O Congresso Extraordinário de dezembro de 2024 deve ser um momento de renovação e reflexão, onde a voz dos militantes prevaleça sobre interesses pessoais.

Se Ana Dias Lourenço não demonstra empatia e respeito pelos que trabalham ao seu lado, que garantias temos de que governará com justiça e equidade? A resposta é clara: o MPLA e Angola merecem mais. O país não pode ser conduzido por alguém cujas ações até agora indicam um desrespeito total pelas pessoas que, direta ou indiretamente, servem ao Estado.

Neste momento crítico, o aviso é claro: a continuidade da liderança de João Lourenço através de sua esposa é uma manobra arriscada que pode levar o MPLA e Angola a uma crise profunda. Devemos escolher líderes que representem verdadeiramente os interesses do povo e não indivíduos que vejam o poder como um direito pessoal ou familiar.

O futuro de Angola depende das decisões que tomarmos hoje. Sejamos sábios, prudentes e, acima de tudo, fiéis aos princípios que sempre guiaram nossa luta. É hora de dizer não a esta fantasia perigosa e proteger o MPLA e Angola de uma liderança que não está à altura dos desafios que enfrentamos.

By: Shiepo – Analista e Ativista social e politico 

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