VERGONHA NACIONAL: DEPUTADOS BENEFICIADOS COM 31 MIL MILHÕES DE KZ ENQUANTO ANGOLA SUCUMBE À MISÉRIA 

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Num momento crítico em que Angola enfrenta uma crise humanitária grave, com fome, pobreza e falta de serviços básicos, a aprovação de um crédito suplementar de 31 mil milhões Kz para a Assembleia Nacional provoca indignação. O orçamento dos parlamentares ascende agora a quase 70 mil milhões Kz, um aumento de 81% em relação ao valor inicial.

PORTAL O LADRÃO

A recente aprovação de um crédito suplementar adicional de 31 mil milhões Kz para a Assembleia Nacional pelo Presidente da República gerou uma onda de choque e indignação entre a população angolana. Esta decisão, publicada no Diário da República na semana passada, faz com que o orçamento interno da Casa das Leis seja o segundo mais alto dos últimos cinco anos, atingindo 69,5 mil milhões Kz, conforme apurou o jornal Expansão.

O orçamento original, aprovado no início de 2024, era de 38,5 mil milhões Kz. Com o aumento agora sancionado, verifica-se uma variação de 81%, tornando-se um dos mais elevados desde 2022, ano em que o orçamento final foi de 108,5 mil milhões Kz, coincidentemente um ano eleitoral.

Este aumento serve, entre outras justificações, para a aquisição de viaturas protocolares, regularização de remunerações atrasadas e melhorias nos sistemas internos do Parlamento. Além disso, prevê-se a manutenção de infra-estruturas como o Hotel Vila Alice, que acomoda deputados dos círculos provinciais.

CONTRASTE COM A CRISE HUMANITÁRIA

Este incremento astronómico contrasta violentamente com a realidade vivida pela maioria dos angolanos, que sofrem com uma crise humanitária severa. A falta de água potável, energia elétrica e políticas eficazes para combater a pobreza e a fome são problemas abismais que afectam milhões de cidadãos.

A decisão de alocar recursos tão significativos para a esmordomia dos parlamentares levanta questões sobre as prioridades governamentais num país onde muitos lutam pela sobrevivência diária. A população vê-se abandonada enquanto os seus representantes aumentam os seus benefícios.

A discrepância entre os recursos destinados aos parlamentares e as condições de vida da população angolana não pode ser ignorada. Este aumento de orçamento é um lembrete gritante das desigualdades profundas e das prioridades desajustadas que continuam a marcar a política angolana, levantando a pergunta inevitável: quem realmente está a ser servido por estas decisões?  

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