MILITARES DA MARINHA DE GUERRA ANGOLANA PLANEJAM GOLPE CONTRA CHEFE DO RAMO
Disparidades e Insatisfações na Marinha
Na Marinha de Guerra Angolana, as tensões estão em alta, soube o Lil Pasta News. Diferente dos outros ramos das Forças Armadas Angolanas (FAA), a Marinha enfrenta uma série de disparidades salariais e de promoção que estão gerando descontentamento entre seus membros.
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Um dos principais pontos de discórdia é a existência de milicianos e permanentes dentro do mesmo grau hierárquico, como no caso de tenente de fragata e subtenente (tenente de corveta), com salários diferentes. Essa situação, já resolvida na Força Aérea e no Exército, ainda persiste na Marinha.
Ordens Não Cumpridas
Outro aspecto que aumenta a tensão é a falta de cumprimento de ordens superiores. Sob orientação do comandante em chefe, o chefe do estado-maior exarou uma ordem para promover todos os militares no cargo com patentes inferiores e militares antigos de sargentos a oficiais de grau de subtenente. No entanto, o comandante da Marinha ainda não implementou essa ordem, questionando a doutrina da Marinha em comparação com as outras FAA que seguem os pilares de obediência, disciplina e hierarquia.
Situação Atual
Os militares da Marinha estão questionando por que o comandante da Marinha não obedece às ordens do comandante em chefe. Existem tenentes que estão no posto há mais de 15 anos e subtenentes que deveriam ser promovidos em 6 meses a 1 ano, mas estão há mais de 8-9 anos na mesma patente.
Além disso, há uma percepção de favoritismo. Oficiais formados em Angola não são reconhecidos como aqueles que estudaram na Rússia ou Cuba. Este tratamento desigual gera revolta, especialmente quando se observa que o atual comandante da Brigada de Fuzileiros Navais, Hermenegildo Ngoyoma, que ascendeu por influência, não possui nem mesmo o terceiro ano completo.
Ameaça de Ação
Os militares estão prontos para agir caso a situação não mude. Eles afirmam que podem apresentar provas documentais dos militares espalhados por Cabinda, Soyo, Ambriz e Benguela, que estão há anos estagnados em suas patentes. A insatisfação é tamanha que, mesmo sem manifestações, há uma sensação de que farão justiça com as próprias mãos, caso não haja intervenção.
Apelo ao Comandante em Chefe
Os militares clamam por um pronunciamento do comandante em chefe, questionando se ele está ciente das disparidades e injustiças ou se está sendo enganado por seus subordinados. A nostalgia por líderes passados, como o Almirante Gugu e o General Sukissa, é evidente, e os militares esperam uma resposta firme e justa.
A situação na Marinha de Guerra Angolana é crítica. As disparidades salariais, a falta de promoções e o favoritismo estão levando a um estado de insatisfação que pode culminar em acções mais drásticas. A intervenção do comandante em chefe é urgentemente necessária para restaurar a ordem e a justiça dentro do ramo.