CORRUPÇÃO E NEGOCIAÇÕES COM A PGR: JOAQUIM DAVID ANTIGO DIRECTOR GERAL DA SONANGOL E MINISTRO DAS FINANÇAS NÃO É DIGNO DE ESTAR EM LIBERDADE

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Joaquim Duarte David, antigo director geral da Sonangol, ministro das Finanças e da Indústria, era um dos poucos dirigentes do MPLA, que gozava de apresso do ex-presidente  José Eduardo dos Santos, por ser dos poucos que conseguia dizer-lhe “não” seguido de uma argumentação construtiva.

PORTAL O LADRÃO

O site Maka Angola diz que quem conhece as origens de Joaquim David sabe que ele ensinou José Eduardo dos Santos a roubar, bem nos primórdios dos anos 80, instruindo-o para que nunca fechasse um contrato de partilha, com nenhuma petrolífera internacional, antes de garantir para si um dólar por cada barril exportado.

Foi assim que o nosso Zedu, que naquele tempo parecia inocente, contraiu o vírus da corrupção. 

Joaquim David, actualmente deputado da bancada parlamentar do MPLA, é um desses governantes “abutres” que se aproveitou dos cargos que exerceu para enriquecer ilicitamente. Pesam contra Joaquim David diversas acusações de corrupção, peculato, branqueamento de capitais, burla contra o Estado, associação criminosa, entre outros, como por exemplo o caso de branqueamento de capitais, aquando da compra de armamento para o conflito armado.

Fabrica de Cimento 

A sua empresa, a Fábrica de Cimento do Cuanza Sul, recebeu 820 milhões da Sonangol, não pagando nada até à data. “Tendo em conta o interesse nacional e o facto de a mesma estar em funcionamento pleno, o Estado decidiu celebrar um contrato de regularização da dívida onde estarão devidamente salvaguardados os seus interesses e a manutenção dos postos de trabalho”, referiu a PGR no ano de 2019.

A toda poderosa filha de Joaquim David que exercia a função de administradora financeira da fábrica, fontes do Lil Pasta News revelam que no tempo da importação do cimento formou a Flash Lda. com cerca de US$ 3 milhões da FCKS, que nunca pagou.

Indústria Têxtil 

Joaquim Duarte David manteve na sua esfera a fábrica de cimentos, acabou por perder três sociedades têxteis: Fábrica de Tecidos (Mahinajethu-Satec), a Fábrica Têxtil de Benguela (Alassola-África Têxtil) e a  Nova Textang II em Luanda. O Ministério Público avançou com um pedido de arresto das empresas. Tudo porque através de uma linha de crédito do Japan Bank Internacional foi concedida uma linha de crédito superior a mil milhões de dólares, um financiamento que está a ser pago pelo próprio estado angolano. O banco BAI concedeu ainda um financiamento de cerca de  13 mil milhões de kwanzas (34 milhões de euros) com garantia do soberana, que nunca foram pagos, estando agora o próprio estado angolano a pagar.

Negociação com a PGR

Consta que a aparente postura de abertura à negociação com o Serviço de Recuperação de Activos da Procuradoria-Geral da República (PGR-SRA), tem servido para entregar apenas uma parte ínfima do que foi roubado.

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