ANGOLA APONTA OS CONFLITOS COMO AMEAÇAS À ESTABILIDADE NO MUNDO
O comandante-geral da Polícia Nacional de Angola afirmou, na sede da ONU, em Nova Iorque, que os conflitos armados e a violência no mundo são ameaças à sustentabilidade e à paz, colocando em risco os progressos alcançados até ao momento a nível global.
De acordo com um comunicado enviado, ontem, ao Jornal de Angola pela Missão Permanente junto da ONU, em Nova Iorque, o comissário-geral Arnaldo Carlos destacou que a Polícia continua a ser um instrumento fundamental para promover e garantir a manutenção da paz e segurança globais.
Durante a intervenção do comandante-geral na 4.ª Cimeira de Chefes de Polícia das Nações Unidas, na última sexta-feira, foi realçado que o órgão actua activamente em situações de conflito, pós-conflito e outras crises, fornecendo apoio aos Estados-membros na protecção da população civil e na manutenção da ordem e segurança públicas.
O comissário-geral Arnaldo Carlos referiu que Angola reconhece o importante papel das forcas policiais nas operações para o reforço da paz e segurança internacionais.
Neste contexto, segundo Arnaldo Carlos, em 2022, o país realizou o primeiro desdobramento de efectivos da Polícia Nacional, incluindo a componente feminina, na Missão de Paz da ONU no Sudão do Sul (UNMISS).
O comandante-geral da Polícia Nacional salientou que, sob liderança do Presidente da República, João Lourenço, na condição de Campeão da União Africana para a Paz e Reconciliação em África, e líder em exercício da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), Angola tem desempenhado um papel importante na prevenção, gestão e resolução de conflitos no continente, incluindo através de acções diplomáticas para aumentar a intervenção e contribuição em missões pacificadoras.
Para tal, Arnaldo Carlos apontou como principais ferramentas operativas a monitorização e a intervenção preventiva, com vista a evitar ou a conter conflitos na fase inicial, em particular nas regiões da África Central e Austral, onde é mais visível a actividade de cooperação do país.
Durante o discurso, o comissário-geral informou, igualmente, que Angola está empenhada no combate à criminalidade comum e transnacional, assim como na prevenção da violência causada por conflitos armados.
Segundo o comandante-geral, o compromisso do país é continuar a contribuir com efectivos da Polícia Nacional nas missões de paz e segurança, bem como na busca de soluções que visam garantir “a prevenção de conflitos e violência e a consolidação da paz”.
Encontros à margem da cúpula
À margem da participação na 4.ª Cimeira de Chefes de Polícia das Nações Unidas, o comandante-geral da Polícia Nacional manteve vários encontros com homólogos e outras entidades ligadas ao ramo da Segurança e Ordem Pública.
Logo após a chegada a Nova Iorque, Arnaldo Carlos deslocou-se a Nova Jersey onde efectuou uma visita de cortesia ao xerife do condado de Essex, Armando Fontoura.
O encontro serviu para a troca de impressões no domínio da Segurança Pública e perspectivar uma cooperação neste sector, bem como na formação de efectivos da Polícia Nacional.
Arnaldo Carlos manteve ainda um encontro com o segundo comandante-geral da Polícia da Turquia, com quem abordou a cooperação em matérias de Segurança Pública e no âmbito do combate às várias formas de crime organizado.
Num outro momento, o comandante-geral da Polícia Nacional reuniu-se com o vice-ministro da Segurança Pública da China para discutir, igualmente, questões relacionadas com a Cooperação Policial.