PROTECÇÃO DESCARADA: COMBATE A CORRUPÇÃO NO PALÁCIO PRESIDENCIAL “É UMA ANEDOTA”

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Contudo, referem os analistas, a situação de hoje já não é a de ontem. Muita poeira que foi lançada aos olhos dos cidadãos ao longo do tempo foi dissolvida e a visão do povo é mais clara. Por isso, se não haver verdadeira mudança no “modus operandis” das elites no poder, por mais que inovem nas suas estratégias, o sistema continuará a ser sempre “mais do mesmo”.

POR: O LADRÃO

Segundo Angola em Linha, um conceituado Bispo católico angolano, em forma de recado ao Chefe de Estado, que Angola tem cerca de 30 milhões de habitantes, dos quais, muita gente empreendedora e honesta.

O Bispo pediu encarecidamente ao Presidente João Lourenço para que  alargasse “a sua base de dados para deixarmos de gravitar em torno daqueles que já deram o pouco que tinham para dar e nós agradecemos”, acrescentando que “se em cada ministério, província, município, banco ou empresa pública, cada vez que se muda o respectivo titular,  mudam os técnicos e tudo mais, activam-se as lutas e as intrigas, nunca teremos instituições fortes”.

Nesse sentido, “teremos um país que em vez de diversificar a economia, estará a diversificar o ‘cabritismo’, a impunidade e o nepotismo. Já faliu o ‘Crescer mais para distribuir melhor’; em seguida o ‘corrigir o que está mal e melhorar o que está bem’, o que vem a seguir?, questionou o prelado.

Em sua opinião, “quem come amarrado ao que não lhe pertence, é parasita. Só os parasitas sugam o sangue dos outros; ‘amarram-se’ ao corpo dos outros para comer. Infelizmente, para Angola e para o povo mais sofredor, esse é o procedimento dos dirigentes e governantes do país”.

De acordo com um politólogo angolano, “o Presidente João Lourenço demonstrou anteriormente alguma coragem, mas isso acabou por não ter reflexos nos cidadãos”.

Para ele, a recente intenção do grupo parlamentar da UNITA em destituir o Presidente da República, apesar dos pesares, “é benéfico para esclarecer os cidadãos sobre usar as leis para se atingir objectivos, sem recorrer à violência. Alerta igualmente para o endurecimento do regime, especialmente presente em domínios como controlo das instituições, vigilância de adversários internos, entre outros meios da oposição autêntica, bem como a sociedade civil organizada e o reforço da repressão policial exercida sobre manifestações de protesto, jornalistas, o que não tem sido salutar para João Lourenço”, afirmou.

“Entretanto, apesar da acentuada impopularidade, o Titular do Poder Executivo vai ignorando os sinais que lhe são enviados pela sociedade e teima em manter e/ou continuar a nomear, indivíduos incompetentes e duvidosos para cargos de suma importância”, lamentou.

O sociólogo Licílio Santos refere que outro factor que pesa contra o Presidente da República “é a protecção que vai dando de forma descarada a indivíduos que estão a ‘dizimar’ instituições do Estado e o próprio erário, corruptos comprovados como Edeltrudes Costa,  Norberto Garcia e outros, e a situação mais aberrante da actualidade, a de Joel Leonardo, que mesmo com todas as evidências e provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o Presidente João Lourenço mantem-no como presidente do Tribunal Supremo e da Magistratura Judicial, pressupondo que o indíviduo é intocável e pode desgraçar o país como e quando quer”.

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