VÍTIMA DA CLÍNICA SAGRADA ESPERANÇA PEDE INDEMNIZAÇÃO POR SUPOSTO ERRO CIRÚRGICO

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Preso numa cadeira de rodas há 10 anos, Adilson dos Santos Campos é um jovem de 36 anos que terá sofrido um acidente de viação, em 2013, e em seguida foi socorrido e levado ao Hospital Militar, onde, dias depois, foi transferido para a Clínica Sagrada Esperança, sita na Ilha de Luanda, Avenida Murtala Mohamed. Entretanto, foi submetido a uma intervenção cirúrgica na coluna vertebral, que segundo o mesmo, que falava em entrevista ao PLATINALINE, não teve sucesso, pois, diferente de como deu entrada à Clínica, não sentia os membros inferiores.

Inquieto, sugeriu aos pais que o transferissem para África do Sul, temendo que a situação se agravasse. Posto naquele país, a resposta não foi das melhores, tendo sido informado que não se podia fazer nada e tratava-se de uma paraplegia.

Agastado com a situação, o mesmo pede à clínica que assuma os danos causados pelo erro cirúrgico, encontrando um meio-termo: “A clínica tem que assumir pelos danos causados, pelo erro médico. A clínica tem que achar um meio-termo em assumir os erros causados. Me refiro a uma indemnização, fazer um salário vitalício. Que faça alguma coisa, dá-me uma casa, carro para poder me locomover e eles arranjarem uma forma de eu fazer filho, porque eu não tenho filho”.

Em busca do contraditório, a Clínica Sagrada Esperança esclarece, por meio de uma nota enviada à redacção do PLATINALINE, que foi contactada pelo utente oito anos após ter passado pela clínica, para reclamação, tendo sido realizadas reuniões com o mesmo, familiares e advogados no decurso da mesma. Pelo que, “a reclamação foi analisada, discutida e tratada de forma atenta por uma equipa de peritos em ortopedia e neurocirurgia que concluiu que a lesão estrutural que o utente apresenta e sobre a qual reclama já estava instalada à admissão, fruto do acidente de viação, e não do tratamento realizado. Os referidos resultados já foram apresentados ao utente e seus representantes”.

Na mesma nota, a Clínica Sagrada Esperança destaca ainda que, “entende que os detalhes do caso não devem ser alvo de debate e augura que o utente, no direito que o assiste, formalize a sua queixa junto das autoridades do país, nos termos da lei, estando a CSE disponível a colaborar com os órgãos de soberania no esclarecimento da verdade”.

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