POLÍCIA MATA FILHO DA COLEGA NA MANIFESTAÇÃO
A Policia Nacional assassinou, a queima-roupa, no passado dia, 7, na província do Huambo, um adolescente de 12 anos, que por sinal é filho de uma agente da corporação no planalto central.
O rapaz perdeu a vida quando as forças da ordem pública tentavam impedir a realização de uma manifestação pacífica dos taxistas que protestavam pela subida dos preços dos combustíveis. Nesta operação a Polícia Nacional matou oito pessoas.
Os agentes responsáveis por estas mortes não foram levados as barras do Tribunal. Por parte das autoridades foi apenas providenciado os caixões, para a realização do enterro. Segundo apurou o Club-K, da parte do adolescente, a família manifesta medo optando pelo sigilo, para supostamente “não prejudicar a imagem do Governo”, já que a vitima é filho de uma agente da Polícia Nacional.
Em Angola, várias organizações nacionais tem alertado que desde que João Lourenço chegou ao poder em 2017, a Polícia Nacional já assassinou mais de 200 cidadãos, um número superior aos últimos cinco anos do seu antecessor Eduardo dos Santos. Ainda comparado a JES, o governo de Lourenço, nega fazer justiça pelas vítimas, havendo receios de que um dia o Chefe de Estado possa a ser levado para o Tribunal Internacional por estas execuções, já que o mesmo é o comandante em chefe das forças de segurança e ordem pública.
O seu partido, MPLA, atribuiu os supostos “actos de arruaça e insubordinação” das manifestações à UNITA.
“As manifestações são legítimas, mas não de forma violenta. Sabemos que é trabalho da oposição que mobilizou os seus membros taxistas e moto taxistas para vandalização dos comités do MPLA”, acusou o partido no poder na província do Huambo.
Aos microfones da VOA, o secretário da UNITA, Apolo Yakuvela, minimiza as acusações e diz que o seu partido não governa.
“Estamos habituados com isso, o MPLA é culpado disso e não consegue assumir os seus actos. Nós não aumentamos preços de combustíveis, nós não somos governos”, respondeu Yakuvela.