PDP-ANA EM CRISE COM DUAS ALAS A ACUSAREM-SE
O secretário-geral do PDP-ANA anuncia a realização de um congresso para o dia 9 de Junho que visa substituir o actual presidente, Abreu Capitão, acusado por alguns sectores de alterar os estatutos do partido e de dar um destino alheio aos dinheiros da organização.
Em resposta, Capitão nega a acusação e diz não reconhecer a realização do congresso, que considera sem legitimidade.
O analista político Rui Kandove atribui esta situação à falta de dinheiro do partido e a luta desenfreada dos políticos angolanos.
António Ludiabana confirma ter convocado o congresso por violação dos estatutos por parte do presidente Abreu Capitão.
“Primeiro a alteração dos estatutos, segundo o não funcionamento das estruturas do partido o BP, CC e Executivo Nacional, terceiro a gestão financeira”, justifica o secretário-geral, que acusa o presidente de “tentativa de levantamento de 30 milhões para os seus próprios fins”.
Entretanto, o presidente do PDP-ANA já negou a acusação e considera ilegal a convocação deste congresso.
O analista político Rui Kandove considera que na base base destes conflitos partidários está a procura desenfreada de dinheiro por parte dos militantes.
“Infelizmente, muitos dos cidadãos, sobretudo aqueles que estão ligados às lideranças partidárias, têm nos seus partidos a sua fonte de receita”, afirma Kandove, para quem “o que se passa no PDP-ANA não é muito diferente das outras organizações políticas.
Ele completa que “o PDP-ANA, neste momento, está mais ou menos penalizado, porque não consegue receita a partir do orçamento e quando não há receita instala-se o pânico” .
O partido fundado pelo professor Mfulupinga Lando Victor é uma das formações políticas pertencente à CASA-CE, coligação que não consegue eleger qualquer deputado nas eleições de 2023.