O PODER POLÍTICO DISPUTADO NO CAMPO DIGITAL (REDES SOCIAIS) – JUSTINO JAMBA

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Está cada vez mais claro e evidente que, com os avanços técnicos e tecnológicos na área das telecomunicações (3G; 4G e 5G) o desenvolvimento industrial, económico, comercial, militar, politico, social, cultural, das ciências, enfim, conheceram significativos avanços.

Com todos esses avanços nas telecomunicações, nesta reflexão crítico-racional, daremos enfoque as redes sociais como campo digital privilegiado na disputa do poder político em todo mundo, onde Angola não é excepção. Hoje as redes sociais estão a frente dos órgãos de comunicação social, a velocidade e o alcance das redes sociais é comparável com a velocidade da luz solar e do seu efeito (chega rápido e ilumina qualquer escuridão).

O comportamento dos vários actores políticos envolvidos na disputa pelo poder político, encontrou hoje nas redes sociais o campo de excelência para fazer passar todo seu marketing estratégico, político e eleitoral, com vista a conquista do poder político – desde a promoção dos seus valores,  ideologias, visão, programas de governação, ataques contra seus adversários políticos e, até mesmo, assassinatos de carácter.

Tal como o futebol ou outras competições colectivas, a política também é uma competição que visa o alcance do poder político, seu exercício e manutenção. Um partido político é uma equipa com as mesmas características ofensivas e defensivas de uma equipa de futebol, andebol, basquetebol ou outra – embora as equipas desportivas lutam para conquistar uma taça, na política os partidos políticos visam o alcance do poder político.

As equipas desportivas (quando atacam, atacam em bloco e, quando defendem, defendem em bloco), com os partidos políticos não deve ser diferente. Obviamente que os dirigentes têm um plano estratégico com vários programas de acção e, nestes programas de acção devem constar as táticas (para garantir o alcance dos objectivos – alcance do poder político, seu exercício e manutenção). Mas qualquer estratégia requer acção concertada, caso contrário, a inacção pode significar falta de estratégia.

Tal como numa guerra, é legítimo utilizar todos os meios ao nosso alcance (meios técnicos e todas forças vivas para neutralizar e derrotar o adversário), incluindo os apoios dos nossos aliados, tudo para desestabilizar e vencer o adversário.

O maior partido da oposição política em Angola tomou conta das redes sociais, onde com a ajuda dos seus aliados e patrocinadores, conseguiu mobilizar uma parte considerável do eleitorado nacional, ao ponto de conseguir pela primeira vez, uma vitória sobre o MPLA,  no seu bastião e maior praça política do país,  (Luanda)!

Os ratos só bricam na cama do gato, quando este não está, ou seja, a UNITA só ganhou espaço nas redes sociais, porque a grande maioria dos militantes, amigos e simpatizantes do MPLA, não reagem nas redes sociais, melhor do que reagir, devem defender as conquistas do MPLA, do seu governo, promover a imagem do seu Presidente e apoiar Moção de Estratégia do Presidente do MPLA, sem evasivas ou reservas.

Mas então, o que se ganhou com o alargamento do Comité Central do MPLA? Era suposto ter-se uma maior capacidade de mobilização (os dirigentes têm de dar a cara nas redes sociais, para que os militantes de base, amigos e simpatizantes os possam seguir). Se há alguma estratégia política unívoca para as redes sociais, que esta seja concertada em fórum próprio e, que seja uma linha orientadora unívoca e, que sirva de base para o posicionamento político dos militantes do MPLA nas redes sociais, caso contrário, continuar cegos, surdos e mudos nas redes sociais, em nada vai ajudar o MPLA no seu esforço de manutenção do poder político.

Os dirigentes do MPLA têm de manter contacto permanente com o seu eleitorado, se não o podem fazer fisicamente, façam-no virtualmente (através das redes sociais), não é possível manter o poder político, sem manter um contacto permanente com o eleitorado!

Os militantes do MPLA não querem “chefes”, querem LÍDERES, pois, os LÍDERES são aqueles que assumem os desafios estando a frente dos seus liderados. Os LÍDERES inspiram, motivam e dão aos seus liderados a sensação de confiança e  segurança, que eles tanto precisam para continuar a acreditar no processo.

Para muitos, o silêncio sepulcral dos dirigentes e demais militantes do MPLA nas redes sociais, significa que estes não acreditam no processo e, isso desencoraja o eleitorado e os seus seguidores. Pior do que o statu quo, é a postura indiferente dos dirigentes do MPLA a vários níveis (fazer política nas redes sociais é para políticos e governantes modernos – do século XXI).

Se a directiva emanada do Presidente do MPLA e da República de Angola é: trabalhar mais e comunicar melhor – que meios de comunicação pensam utilizar para comunicar melhor? Hoje a velocidade da informação está nas redes sociais (antes da TPA e a TV Zimbo informarem, 1/3 da população social e politicamente activa, já domina a informação)!

Por favor, dirigentes, militantes de base, amigos e simpatizantes do MPLA, usem mais as redes sociais para promover as conquistas do MPLA, do seu governo e, defendam em bloco a bandeira do MPLA, cerrando fileira a volta do LÍDER e apoiem a Moção de Estratégia do Presidente do MPLA, sem evasivas ou reservas (ou o Presidente do MPLA pode contar convosco, ou então podemos inferir que ele esteja mal acompanhado).

Olhem abaixo as vantagens das redes sociais na conquista, exercício e manutenção do poder político;

1. FACEBOOK: é a rede social com maior número de usuários inscritos, é a plataforma mais adequada para interacções com o público, já que permite diferentes tipos de interacções e reacções.

2. WATSHAP: é uma das formas modernas mais eficazes na difusão do Markting Político, considerado um espaço onde pessoas com ideias convergentes e divergentes podem se reunir em grupos  para debater e divulgar propostas;

3. TWITER é também conhecido como microbloog, isso porque os seus posts são mais sucintos, geralmente têm um alcance maior do  número de posts e por conta disso, várias personalidades políticas dão preferência á estas  ferramentas em suas campanhas;

4. INSTAGRAN: é um dos aplicativos mais utilizados no mundo, e é bastante versátil, ele tem como foco, o conteúdo em imagem e vídeo, além de apresentar o formato engajador conhecido como Stories. A grande força dessa plataforma é o tempo que os usuários permanecem conectados;

Por: Justino Jamba kafundanga

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