FMI ESTÁ EM ANGOLA PARA ANALISAR ACÇÕES DO GOVERNO NO QUADRO DO PROGRAMA PÓS-FINANCIAMENTO
Membros do Executivo e do Fundo Monetário Internacional (FMI) está a analisar as acções do Governo angolano no quadro do programa pós-financiamento. A missão com duração de dez dias, teve início ontem, 03 de Maio, com o encontro preliminar com membros da equipa económica.
A Missão do FMI, neste encontro que decorreu à porta fechada, procurou de forma preliminar discutir e perceber das autoridades angolanas quais as preocupações, prioridades, a importância do Plano Desenvolvimento Nacional (PDN), da diversificação da economia e como proteger a mesma de eventuais choques externos, como por exemplo, uma queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
O petróleo é dos recursos mais estratégicos de Angola, representando hoje mais de 90% das exportações totais do país, aproximadamente 20% do PIB nacional e 40% das receitas fiscais do Estado.
Neste encontro, a Missão do FMI foi chefiada pelo quadro sénior do FMI, Amadou Sy, e do lado de Angola, a ministra das Finanças,Vera Daves.
Amadou Sy, no final do encontro, reafirmou à imprensa que a Missão está focalizada nos riscos macroeconómicos de Angola e nas formas de melhor gerir eventuais impactos na economia.
“A Missão esteve há seis meses em Angola para fazer uma avaliação no quadro do Abrigo do Artigo IV do FMI, uma missão que todos os países membros participam. Mas desta vez, estamos em Angola para uma avaliação diferente que está mais focada nos riscos da economia angolana”, afirmou o oficial do FMI.
No final da Missão, cuja mesma termina no dia 12 deste mês de Maio, será produzido um relatório que ficará disponível para todos, à semelhança de outros já produzidos pelo FMI.
Encontro técnicos separados com diversos departamentos ministeriais estão agendados , no quadro deste Missão.
O Fundo Monetário Internacional desembolsou a Angola 4,5 mil milhões de dólares ao Abrigo do Programa de Financiamento Ampliado.
No quadro desta disponibilidade financeira, o FMI passa a efectuar uma avaliação contínua da economia angolana, como ocorre em outros países membros, bem como dos riscos associados que poderiam ter um impacto relevante, de acordo com representante residente deste organismo de Bretton Woods em Angola, Marcos Souto .
Segundo o responsável, a avaliação do FMI com relação ao sucesso das reformas em Angola é uma avaliação positiva.
“ Percebemos que há um impacto na vida das pessoas que ainda que se consegue sentir na sua plenitude no dia-a-dia, mas estes benefícios virão”, acredita Marcos Souto, sublinhado que Angola atingiu a estabilidade macroeconómica.