ENFERMEIROS PRESSIONAM POR RESPOSTAS ÀS SUAS REIVINDICAÇÕES
Os dois principais sindicatos nacionais de enfermeiros de Cabo Verde, SINDEF e SNETS, reúnem-se no início da próxima semana para traçar novas formas de luta, nas suas palavras, depois do término do prazo, a 18 de Maio, dado ao Ministério da Saúde para um diálogo com vista à a resolução de um conjunto de assuntos que afectam a classe.
Eles admitem avançar com manifestação ou greve, enquanto o Ministério da Saúde prepara respostas às reivindicações
No rol das reivindicações constam a melhoria da grelha salarial, formação especializada, limite da idade da reforma, subsídio e ou seguro de riscos e reclassificação dos profissionais que completaram a licenciatura.
O presidente do SINDEF explica que os dois sindicatos mantiveram uma reunião com a ministra da Saúde em Fevereiro, tendo Filomena Gonçalves pedido que elaborassem o caderno com os pontos reivindicativos.
“Ela nos pediu para elencar todos os pendentes, mas depois ninguém nos disse mais nada… se o Ministério não nos atende teremos que partir para outras formas de luta… que poderá passar pela realização de manifestação e ou greve”, afirma José Elídio Lopes Sanches.
Embora não tenha função sindical, o bastonário da Ordem dos Enfermeiros, recém-criada, diz que a referida estrutura também está pronta para ajudar na procura de melhores mecanismos para resolver os problemas.
Aniceto Santos acrescenta ter enviado uma carta a pedir que se promova a revisão da carreira de enfermagem e uma resposta à reclassificação dos enfermeiros que completaram a licenciatura.
“Temos também essa preocupação e junto do Ministério já solicitamos que se resolvam os assuntos pendentes, incluindo a questão dos colegas que concluíram a licenciatura que de acordo com a carreira devem fazer a transição automática” sublinha Santos.
Aquele responsável afirma que o Ministério respondeu dizendo que o assunto está em andamento e só deverá ficar resolvido no no Orçamento de Estado de 2023.
A Voz da América tentou falar com a ministra da Saúde, mas os contratos telefónicos não surtiram efeito.
Junto da assessoria de imprensa da governante, soubemos que o Ministério está a preparar um documento a ser enviado ainda esta quinta-feira, 18, aos dois sindicatos nacionais dos enfermeiros.