PITTA GROZ BRINCA COM OS ANGOLANOS: “PROCESSOS DE SÃO VICENTE, ISABEL DOS SANTOS E MANUEL VICENTE NÃO ESTÃO ARQUIVADOS”
O Procurador-Geral da República (PGR), Hélder Pitta Gróz, recém reconduzido para o segundo mandato, parece estar a brincar com os angolanos quando questionado sobre processos que em 2018 foram mediáticos, o que se ouve sempre é “os processos criminais, envolvendo cidadãos nacionais nos casos mediáticos de corrupção, continuam em fase de instrução preparatória”.
A luta contra corrupção foi a bandeira levantada pelo Presidente da República, João Lourenço, aquando da sua investidura em 2017, entretanto, muitas figuras da praça pública, caíram na ‘teia’ do combate à corrupção, a semelhança de Augusto Tomás, ex-ministro dos Transportes no mandato de José Eduardo dos Santos, estão o antigo Vice-presidente da República, Manuel Vicente, ex-PCA da Sonangol, Isabel dos Santos e da seguradora três AAA, São Vicente, que podem ser julgados a qualquer momento, de acordo com o Procurador-geral da República.
De acordo com o Procurador, recentemente reconduzido ao cargo, Hélder Pitta Gróz, “os processos não devem ser discutidos em hasta pública”.
44 ANOS DEPOIS PGR GANHA INSTALAÇÕES PRÓPRIAS
Nas suas declarações à imprensa, logo após a cerimónia de inauguração, hoje, do novo edifício da PGR, esclareceu que, em relação aos processos crimes, deve-se aguardar para que estes saíam da fase de instrução e do segredo de justiça e se tornem públicos, com a sua remissão ao tribunal.
O magistrado salientou ainda que o órgão vai continuar a dar prioridade ao combate à corrupção e ao crime organizado.
Também em declarações à imprensa, o antigo Procurador-Geral da República, Domingos Culolo, considerou ‘excelente’ o actual trabalho da instituição, que hoje assinala o seu 44º aniversário, embora ter considerado como sendo ‘difícil’.
Domingos Culolo, que esteve à frente dos destinos da PRG de 1993 a 2002, defendeu o envolvimento de toda a sociedade para o êxito do trabalho deste órgão.
Instituída em Abril de 1979, a PGR é um organismo com a função de representação do Estado, nomeadamente no exercício da acção penal, de defesa dos direitos de pessoas singulares e colectivas, da legalidade no exercício da função jurisdicional e de fiscalização da legalidade na fase de instrução preparatória dos processos e ao cumprimento das penas.
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