JOÃO BAPTISTA BORGES É O ROSTO DA CORRUPÇÃO NO SECTOR DA ENERGIA E ÁGUAS

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Por ter o seu nome manchado na corrupção a nível internacional, João Baptista Borges é apontado como o rosto da corrupção no sector da energia e águas, dizem os analistas.

O segundo mandato de João Lourenço, está sendo o mais desafiador, e o líder do MPLA e da República de Angola, deve agora de uma  vez por todas se afastar dos corruptos e fazer o verdadeiro combate à corrupção.

Vários analistas ouvidos pelo Portal o Ladrão, são de opinião que a recondução de João Batista Borges no cargo de Ministro da Energia e Água, é um tiro no pé no combate à corrupção. Para os analistas, o ministro Borges tem o seu nome manchado na corrupção e num país sério, ele já estaria preso.

Presidente do Conselho de Administração da EDEL E.P entre 2005 e 2008, João Baptista Borges, ocupou em seguida o cargo de vice-ministro da Energia até 2010, passando depois a ser secretário de Estado da Energia, até 2011.

No ano seguinte, José Eduardo dos Santos nomeou-o Ministro da Energia e Águas, responsabilidade que continuou a assumir depois da chegada de João Lourenço ao poder em Angola, no ano de 2017.

Borges tem gerido de mal a pior o ministério que dirige, as populações clamam por melhoria do ministério que mais recebeu investimento no governo de João Lourenço.

QUEM É JOÃO BATISTA BORGES?

João Baptistas Borges é suspeito de branqueamento de capitais em Portugal, terá usado familiares, principalmente o sobrinho em negócios no sector da energia que renderam milhões.

O sobrinho do ministro e vários elementos da família estarão envolvidos em negócios ligados ao sector da energia que renderam vários milhões.

O documento a que a fonte teve acesso, a chinesa Hong Kong Yongda Holding subcontratou uma empresa, a Diverminds, para apoio técnico em contratos públicos no sector da Energia, em Angola, por quase 1 milhão de euros. Empresa que é do sobrinho e de um dos filhos do ministro João Batista Borges.

Em Portugal, existe uma outra empresa, exactamente com o mesmo nome desta offshore: Diverminds.Também esta em nome do sobrinho do ministro, diz a investigação. Na constituição da Diverminds Unipessoal, pode ver-se que o gerente é o sobrinho, Ricardo Borges. A empresa tem sede em Lisboa e abriu actividade em 2018.

De acordo com a TVI, Ricardo Borges tem mais empresas. Uma delas é  Plurienergia, conseguiu negócio com a Ambergol, Ambiente e Energia de Angola, por 500 mil euros, pagos em quatro vezes e enviados directamente para uma conta em Portugal.

O sobrinho do ministro abriu mais duas empresas offshore, exactamente com o mesmo nome, nos Emirados Árabes Unidos: a Plurienergia Limited e a Plurienergia DWC.

A investigação revela também que o ministro João Baptista Borges abriu uma empresa offshore com um dos filhos, estando já em funções no governo angolano, e deu como morada um apartamento em Lisboa.

Outrossim, descobriu o nome do ministro angolano da Energia na constituição de uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, quando já estava em funções no governo. João Baptistas Borges é o único ministro da era José Eduardo dos Santos que exerce funções na governação de João Lourenço.

Essa e outras acusações, são mais do que provas suficientes para João Batista Borges ser chamado nas barras da justiça.

O economista e docente universitário Carlos Rosado de Carvalho classificou como ‘falta de respeito aos eleitores’ a não divulgação, dentro do tempo estipulado por lei, da Conta Geral do Estado 2020, pelo que considera um exemplo mais que claro de que as acções do executivo em exercício estão de costas viradas para a transparência.

As declarações foram proferidas nesta quarta-feira, 19, durante o programa ‘Economia 100 Makas’, da Rádio MFM, quadro animado por Carlos Rosado de Carvalho, na qualidade de convidado permanente da estação radiofónica.

Ao proceder à análise da informação que dava conta de que a Assembleia Nacional discutiria e aprovaria a Conta Geral do Estado referente ao ano de 2020, o especialista disse que não faz o menor sentido que só agora se discuta e aprove o documento, visto que, ainda que o executivo tenha se atrasado na sua entrega, a Assembleia Nacional também demorou muito tempo para dar o devido tratamento e remetê-lo ao Tribunal de Contas.

O governo devia apresentar a Conta Geral do Estado até Setembro do ano seguinte, ou seja, até 30 de Setembro de 2021. Porém, de acordo com declarações de alguns deputados, o atraso, por parte do governo, influenciou negativamente no processo de análise e aprovação da casa das leis.

“Só o facto do documento não ter sido discutido e aprovado na data que a lei ordena, no meio do ano de 2021, e o fazerem só hoje em 2023, dois anos depois, reflecte claramente a falta de transparência dos nossos gestores”, considerou.

Carlos Rosado de Carvalho queixou-se ainda de ter feito de tudo para ter acesso à Conta Geral do Estado de 2020, no entanto, sem sucesso. O economista contou que solicitou a várias instituições, inclusive à UNITA e ao próprio Parlamento, mas lhe foi dito que não havia em formato digital, e que o físico era muito extenso.

“Eu entrei em contacto com a Assembleia Nacional para ter acesso à Conta Geral do Estado de 2020, entretanto, usou-se o argumento de que o documento era muito grande e não havia em formato digital. Na prática, nós não sabemos quanto é que o governo arrecadou e onde é que o governo gastou as verbas em 2020.  Isto é uma falta de respeito total para com os eleitores, porque são eles que os elegem”, classificou.

Em gesto de sugestão, o economista aconselhou ao partido UNITA a procurar fazer diferente e disponibilizar todo o tipo de documento que ao povo é de direito, visto que os órgãos responsáveis não o fazem.

O executivo, que apresentou nesta quinta-feira à Assembleia Nacional a Conta Geral do Estado de 2020, relatou que o mesmo teve altos e baixos por conta da pandemia da COVID/19, e que a redução do preço do petróleo nos mercados internacionais afectou negativamente a execução do OGE-2020.

A Conta Geral do Estado (CGE) é o principal documento de prestação de Contas do Estado. Encerra o ciclo orçamental anual e é apresentada à Assembleia Nacional até 30 de Setembro do ano seguinte.

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