Alentejo com ocupação turística elevada na Páscoa, sem impacto dos preços

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O aumento de preços não está a impactar a procura turística no Alentejo, onde se prevê que as taxas de ocupação na Páscoa superem os 70%, disse hoje o responsável do turismo na região, Vítor Silva.

preços é um reflexo da procura crescente que o Alentejo tem tido”, comentou Vítor Silva.

Em 2022, o turismo no Alentejo fechou o ano com “mais 27% de proveitos do que em 2019”, antes da pandemia de covid-19, um crescimento que aconteceu “com apenas 2% ou 3% de aumento do número de dormidas”.

A esse valor, será necessário “descontar o aumento dos custos de contexto devido à inflação, aos [aumentos dos] próprios salários, ao custo da energia e dos alimentos”, mas, “mesmo assim, cerca de 15% são aumentos líquidos”.

O que significa que “o aumento dos custos de contexto não ‘comeu’ sequer metade do que foram os aumentos de proveitos”, frisou o presidente da ERT.

De acordo com a Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA), i gualmente contactada pela Lusa, esse crescimento explica-se com a estratégia de “vender melhor” a região.

O que “significa atingir públicos com poder de compra maior, mais respeitadores do ambiente, da natureza e da cultura da região. São esses os clientes que nós queremos e foi isso que conseguimos já em 2022”, explicou António Lacerda, diretor executivo da entidade responsável pela promoção turística externa da região.

“Não subimos em número de turistas, sujeitámos o território a menor peso, a uma menor pressão turística, mas esses menos turistas dormiram cá mais noites e gastaram muito mais dinheiro”, sublinhou.

O que “significa atingir públicos com poder de compra maior, mais respeitadores do ambiente, da natureza e da cultura da região. São esses os clientes que nós queremos e foi isso que conseguimos já em 2022”, explicou António Lacerda, diretor executivo da entidade responsável pela promoção turística externa da região.

As expectativas da ARPTA para a Páscoa são, além disso, superiores às da ERT, apesar de este ser um período onde “a procura acontece sobretudo por parte dos mercados onde o calendário religioso condiciona o calendário escolar”, mais concretamente “Portugal e Espanha”.

“A Páscoa e a Semana Santa são um fenómeno que influencia e muito o comportamento do mercado nacional e espanhol, devendo dizer-se que estamos praticamente cheios. Seja qual for a tipologia de empreendimento, as taxas de ocupação são superiores a 90%”, estimou António Lacerda.

Também segundo Vítor Silva, no Alentejo, “em qualquer altura do ano, a maior parte dos turistas são sempre os portugueses”, o que não muda na Páscoa, juntando-se aos turistas nacionais os espanhóis, que também têm férias na Semana Santa.

A tipologia da oferta, nesta época do ano, “é a mesma das outras épocas” e os turistas “escolhem aquilo em que têm mais interesse”, pois “não têm todos o mesmo tipo de comportamentos”.

“Se falarmos do mercado norte-americano, que está a crescer muito na nossa região, procuram turismo de natureza, ‘cycling’ [ciclismo] e ‘walking’ [pedestrianismo]. Os espanhóis são ligados à gastronomia e ao ’touring’, gostam de dar umas voltas, mas não a pé nem de bicicleta, são mais comodistas. Os brasileiros ligam muito ao vinho, ao património e às compras”, exemplificou Vítor Silva.

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